MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 30 de agosto de 2015

Dilma não se cansa de destruir a própria imagem


Vicente Nunes
Correio Braziliense
É inacreditável que a chefe do Executivo venha a público e diga que não sabia da gravidade da crise econômica na qual o país está mergulhado, que foi surpreendida pouco antes das eleições do ano passado. Foi ela quem criou todos os problemas que empurraram o Brasil para o buraco.
Todas as vezes em que foi alertada sobre o desastre que estava provocando, ao insistir na maluquice da nova matriz econômica, preferia atacar os críticos. Atribuía a eles a responsabilidade de espalharem uma onda de pessimismo que estava minando o país.
Dilma contratou a crise e a jogou no colo das empresas e das famílias.
REINVENTANDO A RODA
Desde que tomou posse, em janeiro de 2011, acreditou que poderia reinventar a roda na economia. Adotou a tese de que um pouco mais de inflação poderia estimular o Produto Interno Bruto (PIB). Obrigou o Banco Central a cortar juros, mesmo com o custo de vida se mantendo acima do teto da meta, de 6,5%. Sancionou todas as manobras fiscais que destruíram as contas públicas. Usou e abusou dos bancos públicos para subsidiar setores que em nada contribuíram para a retomada do crescimento.
Todas essas medidas já produziam efeitos negativos na economia em 2014, bem antes do início da campanha eleitoral. Trimestre após trimestre, os números do PIB explicitavam o derretimento da atividade. A desconfiança estava instalada e a recessão que vivemos hoje, contratada.
SEM ESTABILIDADE
Dilma sabia que não havia como darem certo determinadas ações que destruíram a estabilidade do país, conquistada depois de anos de sacrifício. Mesmo ciente de todos os problemas que criou, ela optou pela mentira, arma que usou, sem constrangimento, para destruir os adversários que poderiam lhe apear do poder.
A crise que Dilma diz desconhecer vai resultar em pelo menos dois anos de queda do PIB.  Depois, como se fosse a pessoa mais inocente da face da terra, afirmou que 2016 não será um ano “tão maravilhoso”, mas também não será tão ruim como estão falando. Infelizmente, o que ano vem, será, sim, muito ruim. Parte dos especialistas projeta retração econômica de pelo menos 1%. O desemprego passará dos 10% nas seis principais regiões metropolitanas. A renda do trabalho vai cair. A inflação continuará alta e as famílias terão mais dificuldades para pagar dívidas. O dólar poderá chegar a R$ 4.

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