Ciranda Materna realiza reuniões sobre processo do parto natural.
Encontros reúnem mães, gestantes, doulas e profissionais de saúde.
Grupo realiza reuniões quinzenais com gestantes, mães e profisisonais (Foto: Jéssica Alves/G1)
Garantir o apoio para as gestantes decidirem o futuro do parto é o
objetivo do Ciranda Materna. O grupo amapaense foi criado em outubro de
2014 por mulheres que querem chamar a atenção para a importância do
parto humanizado, feito de maneira natural e, se possível, longe do
ambiente hospitalar.Mesmo reconhecendo a necessidade e urgência de um parto cesariano em muitos casos, o grupo, formado em sua maioria por mães e grávidas que trocam experiência entre si, ressalta as vantagens do método natural, para segundo elas, derrubar diversos mitos, como enfatiza a coordenadora Priscylla Resque, que há oito meses realizou o procedimento. As reuniões são feitas a cada 15 dias, em diferentes lcoais de Macapá.
Priscylla Resque é uma das coordenadoras do
grupo (Foto: Jéssica Alves/G1)
Ela avalia que muitos procedimentos considerados invasivos durante o
parto poderiam ser evitados caso as gestantes se informassem mais
durante a gravidez. Por isso, o grupo enfoca diversas temáticas durante
as reuniões.grupo (Foto: Jéssica Alves/G1)
"Esta é uma rede de apoio para as mulheres que desejam ter um parto humanizado, que respeite a vontade dela. Sabemos da importância do método da cesárea, mas também queremos desmitificar algumas coisas, como o fato de a mulher não ter o parto normal na primeira gestação. Em muitos casos a mulher não tem o conhecimento necessário e acaba recorrendo à cirurgia por temer o método natural", ressaltou Priscylla.
A professora Janaína Freitas, de 30 anos, participa do grupo desde as primeiras reuniões e comenta que sempre teve vontade de ter o parto natural. Com o primeiro filho ela passou por uma cirurgia. Agora, aos oito meses de gestação, ela diz estar mais preparada para a chegada de uma menina.
Janaína Freitas participa do Ciranda Materna desde
as primeiras reuniões (Foto: Jéssica Alves/G1)
"Na primeira vez que dei a luz, tentei o parto humanizado, mas
infelizmente o bebê estava em uma posição complicada que foi necessária a
intervenção da cesariana. Mas agora, busquei o apoio do grupo e quando
engravidei, recebi informações importantes que me fizeram fortalecer a
vontade de ter o parto normal. Estou me sentindo bem mais preparada para
receber a minha filha em outubro", comemorou.as primeiras reuniões (Foto: Jéssica Alves/G1)
O grupo enfoca a importância do trabalho das doulas, que são assistentes de parto, como Natasha Vilhena, explicando que o trabalho que faz é acompanhar a mulher durante o período da gestação até os primeiros meses após o parto, com o foco no bem estar da mãe e do bebê.
"Não fazemos nenhum procedimento de parto, e sim ficamos apoiando a mulher, para que este momento seja de felicidade e renovações com a chegada do bebê", disse.
Além das mães e gestantes, o grupo tem a participação de enfermeiros e psicólogos. “Eles passam seus conhecimentos na reunião. É importante dizer que sempre procuramos base científica para o nosso discurso", explicou Priscylla.
Para quem tem interesse em participar das reuniões, o grupo conta ainda com uma página no Facebook e um grupo na mesma rede social.
“Eu geralmente vou as reuniões, mas as participantes variam muito. Muitas acabam não indo mais após o parto, outras ficam sem tempo, então é importante esse espaço na internet. Não fica só restrito a quem comparece aos encontros”, diz a microempresária Camilla Santos, que participa das reuniões do grupo há cerca de seis meses.
Reuniões enfocam o trabalho das assistentes que acompanham as gestantes (Foto: Jéssica Alves/G1)
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