Valor do produto de primeira linha não ultrapassa R$ 7.
Agrônomo diz que agricultor está no limite dos custos de produção.
As folhas das recentes plantações ainda estão na lavoura, prontas para serem colhidas, secas e comercializadas. Procedimento que deve acontecer entre dezembro deste ano e janeiro de 2016.
No entanto, o setor ainda se equilibra com a sobra da safra de 2014, afinal, sem comprador para o produto, o mercado do fumo fica retraído. Este cenário, que vem se repetindo ao longo dos anos, está comprometendo o preço.
“O valor está muito baixo. Se o fumo ficar nesta média deve cair para R$ 2,50 a R$ 3, o de segunda qualidade. E o de primeira não deve ultrapassar R$ 7,5, o quilo. Mesmo assim é difícil vender por que não há comprador”, diz o produtor Jailton Maurício de Souza.
Como a oferta do produto é maior do que a demanda, o comprador é quem determina o preço. “Quem está mandando no mercado são as firmas. Esse ano houve uma queda muito grande na produção por conta do preço. O que o agricultor espera é que este valor melhore porque não há condições para produção neste valor”, diz o também produtor José Manoel de Souza.
Fatores
De acordo com engenheiro agrônomo Manoel Henrique, que presta consultoria para a Secretaria de Agricultura de Arapiraca, diversos fatores impulsionam a queda no preço do fumo.
“A baixa no preço ocorre porque outros países que produzem fumo estão introduzindo este tipo de produto que era específico do produtor alagoano no mercado internacional. Além disso, campanhas institucionais de combate ao tabagismo vêm surtindo efeito, reduzindo a demanda pelo fumo”, explica.
Segundo ele, com o atual cenário, o valor do fumo quase não paga os custos da produção. “Para que o produtor possa ter um lucro como havia antes, no período da grande exportação, esse preço deveria ser de aproximadamente no valor de R$ 15”, completa Manoel Henrique.
Nenhum comentário:
Postar um comentário