“Não vejo a disposição da Petrobras ou do governo em corrigir
os rumos da empresa. A forma de licitar continua a mesma que provocou os
escândalos, nada mudou”. A denúncia é do 2º vice-presidente da CPI da
Petrobras, deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT), que utilizou
seu perfil no Facebook para publicizar seu ponto de vista sobre os
escândalos nos contratos da estatal. Segundo Félix Júnior, após ele
apresentar a proposta que submetia os contratos da Petrobras à Lei de
Licitações (Lei 8.666/93), “a pressão governamental veio forte para que o
projeto não fosse votado na Câmara dos Deputados”. Para o pedetista, a
manutenção do formato de contratos com dispensa de licitação “é como se
uma quadrilha de assalto a banco fosse presa mas o dinheiro fruto destes
assaltos permanecesse com a quadrilha”, comparou. Félix Júnior disse
ainda discordar do repasse das obras fraudadas para outras empresas. “Se
a receptação de roubo é crime, também será criminoso quem receptar
estas obras ou empreendimentos frutos de corrupção e fraude, mesmo que
seja uma empresa considerada idônea”. Como solução, o parlamentar
defende a imediata anulação de todas as concorrências fraudadas e a
realização de novos contratos submetidos à Lei de Licitações. “E não me
venham falar em desemprego, porque se licitar novamente, todos os
trabalhadores serão empregados novamente”, asseverou. POLÍTICA LIVRE
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