Embarcação foi construída há cinco anos e faz turismo pela costa.
Lancha, uma das únicas do modelo no país, permite ver o fundo do mar.
Embarcação tem capacidade para cerca de 20 pessoas (Foto: Vinícius Nadena/Arquivo Pessoal)
A ideia é boa para quem não sabe nadar: um barco com vidro no casco,
que permite ver o fundo do mar, oferece passeios para turistas em
Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. A embarcação, feita de forma
artesanal, permite que as pessoas vejam espécies marinhas como se
estivessem diante de um aquário ou em um mergulho no mar.A ideia surgiu há cinco anos e tomou forma pelas mãos do marinheiro Peter Nobre, de 48 anos. Na época, ele trabalhava como pescador no litoral e decidiu adaptar uma embarcação para investir no turismo. Até o modelo final, foram meses de pesquisa com modelos parecidos. “Eu sempre fui apaixonado por barcos e tinha um sonho de fazer um barquinho assim. Fiz uma lanchinha parecida para fazer um teste”, conta Peter.
A embarcação funciona como uma espécie de lancha e passou por adaptações após certificação da Marinha. No verão, os passeios acontecem quatro vezes ao dia, partem da Praia do Itaguá e duram cerca de duas horas com paradas na Praia do Cedro e em pontos em que a profundidade do mar reúne peixes, raias, corais, mouriscos e golfinhos.
Vidro na proa do barco permite ver fundo do mar
(Foto: Divulgação/Barquário)
A embarcação tem capacidade para cerca de 20 pessoas e os valores do
passeio variam entre R$ 30 e R$ 60. “Muita gente não mergulha, não entra
na água e quer ver o fundo do mar. Só existem três embarcações desse
jeito atualmente no Brasil", afirma o marinheiro. O preço inclui
equipamentos básicos para mergulho, para quem se interessar pelo
esporte.(Foto: Divulgação/Barquário)
Para fazer os agendamentos, Peter conta com a ajuda da esposa. “A gente trabalhava com barco de pesca e hoje vivemos 100% do turismo. Quem consegue sobreviver no inverno aqui no litoral tem um privilégio”, conta Flávia de Fátima Nobre, de 41 anos.
“O bom é que agora podemos ver a vida marinha viva e não morta, como antes, quando meu marido trabalha com pesca. Hoje podemos ver de uma forma muito bonita a vida marinha ativa”, afirma Flávia. Com o sucesso da atração, o casal pensa em produzir uma nova lancha e levar a ideia para outras cidades do litoral. "Fiz isso porque eu gosto mesmo do mar, até tentei outra profissão, mas não adianta. Não quero outra vida”, afirma Peter.
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