Foto: Agência Brasil
Ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB)
O advogado da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB)
afirmou que os precatórios pagos à Construtora Constran não ‘furaram
fila’. Em delação premiada à Polícia Federal, o doleiro Alberto Youssef,
principal alvo da Operação Lava Jato, afirmou que pagou, em 2013,
propina de R$ 3 milhões para João Abreu, então chefe da Casa Civil do
governo Roseana para viabilizar o pagamento de um precatório de R$ 113
milhões da empreiteira. “Eu acredito que a história surgiu muito antes
do embate político local. O que acontece nessas delações muito grandes é
que quando você abre a investigação, vai um monte de gente que não tem
nada e tem o nome prejudicado. Ainda mais nesses casos de delação em que
não tem controle, a pessoa fala o que quer, de quem quer, como quer”,
argumenta o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Para
liberar o pagamento, na frente de outros títulos dessa natureza,
assessores de confiança de Roseana teriam cobrado propina. O precatório
no valor de R$ 113 milhões seria vendido por R$ 40 milhões, e o governo
do Maranhão participaria da negociação, por meio de um fundo de
investimentos e pagamento de propina. “Esse precatório não furou a fila.
Ele era o primeiro da fila. Ela não participou em nenhum momento do
pagamento de precatório, nem é função de uma governadora participar.
Tudo isso foi levado pela parte técnica. Tinha sempre a Procuradoria
junto e foi uma questão homologada pelo juiz”, disse Almeida Castro. “Se
nesse caminho, houve alguma coisa irregular, é uma surpresa enorme. Ela
acredita que o João é um cara sério, tanto é que foi secretário da Casa
Civil dela, não tem porquê duvidar dele”, disse o advogado. Atualmente,
Roseana passa temporada nos Estados Unidos com o marido, os filhos e
netos. Ela está fazendo um curso de inglês com seis meses de duração.
Acompanha de forma tranquila o andamento das investigações, segundo o
criminalista. “Se acontece alguma coisa no Estado dela, é natural que
façam investigação. É claro que é uma coisa desagradável, mas ela não
tem preocupação com investigação”, afirmou.
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