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Após
o resultado das últimas eleições, manifestação na Av. Paulista contra projetos
bolivarianos do PT
Uma das lições das
urnas nas recentes eleições foi mostrar a existência de algo promissor que se
faz sentir tanto na vida pública quanto na dos indivíduos em relação aos valores
da instituição familiar e da moralidade em geral. Na verdade, vem causando
acentuado desconcerto na opinião nacional a situação civil e religiosa na qual
nos encontramos.
Se de um lado parece haver
uma máquina organizada para conduzir o País rumo ao caos, as recentes eleições
evidenciaram de outro lado a existência de uma crescente e atuante oposição que
tenta impedir o pior para o Brasil, ou seja, que ele se aprofunde cada vez mais
no despenhadeiro da decadência moral, cujo último termo é a sua completa
bolchevização.
A expressiva votação no candidato da
oposição – sem falar dos milhões de brasileiros que se abstiveram por não se
sentirem representados por nenhum dos contendores – não pode ser creditada
somente aos predicados do senador Aécio Neves, mas à rejeição de forma e do
conteúdo do governo do PT, e ao desejo de mudanças profundas na condução da
coisa pública.
Mudanças essas sintetizadas num
excelente documento difundido a mancheias durante o período eleitoral pelo
Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, o qual apresenta ideias como a
defesa da vida humana inocente desde a fecundação até a morte natural, isto é, o
rechaço à legalização do aborto, da eutanásia e das drogas.
E o documento vai além, ao defender a
família como Deus a fez – um homem e uma mulher; ao condenar a intromissão do
Estado no direito dos pais à educação dos filhos; ao reivindicar a proteção das
propriedades rurais e urbanas, alvo crescente de invasões; a defesa do
agronegócio, esteio de nossa economia; ao rejeitar a sovietização do Brasil
através de “conselhos populares” e “movimentos sociais”.
Se o candidato da oposição recebeu
votação tão expressiva, isso significa que o Brasil real, verdadeiro, autêntico
e cristão anela por uma ordem de coisas superior e está pronto a defender uma
posição não concessiva ao processo desagregador.
Enquanto os políticos caminham para
rumos que o grande público desconhece, o povo brasileiro está despertando e
erguendo-se contra os descaminhos do atual governo, que vai conduzindo o País
rumo ao caos.
Ao fazer a presente análise, não posso
deixar de ressaltar o papel da graça divina, de modo especial a de Nossa Senhora
Aparecida, que como Mãe e Rainha de todos os brasileiros quer nos salvar da
crescente decadência provocada por aqueles que tentam desestabilizar a Nação e
conduzi-la para rumos opostos aos de sua vocação providencial.
Vejo nisso a ação profunda da
evangelização conduzida por homens da têmpera de Nóbrega e Anchieta, que tudo
fizeram para que o Brasil fosse inteiramente cristão. A ação desses dois
gigantes da fé percorreu os 500 anos de nossa história, e que se fazem hoje
sentir. De um lado, na preservação do povo brasileiro do espírito anticristão de
luta de classes e de raças que tanto se lhe deseja incutir; e de outro, pela
atuação de entidades beneméritas, que sabendo auscultar esse sentimento profundo
empenham-se em preservar o Brasil dos erros do marxismo e da degenerescência
moral.
(*) Sacerdote da Igreja do Imaculado
Coração de Maria- Cardoso Moreira-RJ e colaborador da
ABIM. |
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