por
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Iniciar precocemente o tratamento contra o
HIV é uma boa estratégia para a saúde do paciente e também para evitar
novas infecções pelo vírus. É o que defende a pesquisadora da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) Valdiléa Veloso.
No Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado nesta segunda (01.12), ela disse que já são 33 anos desde a publicação dos primeiros casos da doença.
Entre idas e vindas, a recomendação atual, segundo Valdiléa, é tratar o paciente precocemente, mas a imagem que permanece na cabeça das pessoas e de alguns profissionais de saúde é que o tratamento tem efeitos colaterais fortes e pode esperar.
O Brasil aderiu a essa orientação no final do ano passado, quando ficou estabelecido que todo paciente diagnosticado como soropositivo na rede pública iniciaria o tratamento logo em seguida, independentemente da carga viral.
Os resultados, de acordo com a pesquisadora, foram o aumento na sobrevida e uma expectativa de vida bem próxima à da população em geral.
“Foram se acumulando trabalhos, publicações e estudos demonstrando os benefícios do tratamento precoce”, disse. “Hoje, ao contrário de quando surgiram os antirretrovirais, temos drogas melhores, mais fáceis de tomar e com efeitos colaterais muito menores”, completou.
Para prevenir novos casos de infecção pelo vírus do HIV, a também pesquisadora da Fiocruz Beatriz Grinstein defende a chamada terapia pré-exposição, que consiste em oferecer medicamentos antirretrovirais a pessoas não soropositivas, mas consideradas em alto risco para a infecção, como profissionais do sexo, usuários de drogas e parceiros de soropositivos.
A terapia, segundo ela, foi aprovada pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) em 2002 e tem se mostrado eficaz sobretudo entre homens que fazem sexo com homens. “O calcanhar de aquiles dessa estratégia, entretanto, é a adesão”, destacou.
Outro cuidado, de acordo com Beatriz, é que ela seja oferecida não de forma isolada, mas em um contexto de prevenção combinada, com testagem frequente, aconselhamento, monitoramento de doenças sexualmente transmissíveis e acesso a preservativos, as agulhas e seringas.
No Brasil, há um projeto piloto conduzido pela Fiocruz em parceria com a Universidade de São Paulo para a implantação da terapia pré-exposição no Sistema Único de Saúde (SUS).
O medicamento, segundo a pesquisadora, foi doado pelo fabricante e deve ser oferecido a um total de 500 voluntários. Até o momento, cerca de 300 pessoas se candidataram. A expectativa é que em abril ou maio de 2015 o número final seja alcançado.
No Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado nesta segunda (01.12), ela disse que já são 33 anos desde a publicação dos primeiros casos da doença.
Entre idas e vindas, a recomendação atual, segundo Valdiléa, é tratar o paciente precocemente, mas a imagem que permanece na cabeça das pessoas e de alguns profissionais de saúde é que o tratamento tem efeitos colaterais fortes e pode esperar.
O Brasil aderiu a essa orientação no final do ano passado, quando ficou estabelecido que todo paciente diagnosticado como soropositivo na rede pública iniciaria o tratamento logo em seguida, independentemente da carga viral.
Os resultados, de acordo com a pesquisadora, foram o aumento na sobrevida e uma expectativa de vida bem próxima à da população em geral.
“Foram se acumulando trabalhos, publicações e estudos demonstrando os benefícios do tratamento precoce”, disse. “Hoje, ao contrário de quando surgiram os antirretrovirais, temos drogas melhores, mais fáceis de tomar e com efeitos colaterais muito menores”, completou.
Para prevenir novos casos de infecção pelo vírus do HIV, a também pesquisadora da Fiocruz Beatriz Grinstein defende a chamada terapia pré-exposição, que consiste em oferecer medicamentos antirretrovirais a pessoas não soropositivas, mas consideradas em alto risco para a infecção, como profissionais do sexo, usuários de drogas e parceiros de soropositivos.
A terapia, segundo ela, foi aprovada pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) em 2002 e tem se mostrado eficaz sobretudo entre homens que fazem sexo com homens. “O calcanhar de aquiles dessa estratégia, entretanto, é a adesão”, destacou.
Outro cuidado, de acordo com Beatriz, é que ela seja oferecida não de forma isolada, mas em um contexto de prevenção combinada, com testagem frequente, aconselhamento, monitoramento de doenças sexualmente transmissíveis e acesso a preservativos, as agulhas e seringas.
No Brasil, há um projeto piloto conduzido pela Fiocruz em parceria com a Universidade de São Paulo para a implantação da terapia pré-exposição no Sistema Único de Saúde (SUS).
O medicamento, segundo a pesquisadora, foi doado pelo fabricante e deve ser oferecido a um total de 500 voluntários. Até o momento, cerca de 300 pessoas se candidataram. A expectativa é que em abril ou maio de 2015 o número final seja alcançado.
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