Foto: Divulgação
Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que pode
confirmar tudo o que disse à Justiça sobre esquema de corrupção na
Petrobras. “Não tem nada da delação que eu falei que eu não confirme.
Falei de fatos, falei de dados, falei de pessoas. Na época oportuna,
essas pessoas serão conhecidas”, disse. Ele participou de acareação na
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, que
investiga denúncias de corrupção na petroleira. O ex-diretor disse que
se sente “enojado” com o esquema de corrupção do qual fazia parte.
Apesar disso, Costa negou que tenha levado ao então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e à ministra de Minas e Energia na época, Dilma
Rousseff. Costa e o também ex-diretor Nestor Cerveró responsabilizaram o
Conselho de Administração da Petrobras pela compra da Refinaria de
Pasadena, nos Estados Unidos, por um preço acima mercado. “A
responsabilidade pela compra de ativos da Petrobras, no Brasil e no
exterior, cabe ao Conselho de Administração. Isso é uma questão
estatutária”, disse Nestor Cerveró. A afirmativa dele foi reforçada por
Costa. “A responsabilidade pelo estatuto da Petrobras, a
responsabilidade final por aprovar a compra de um ativo como Pasadena é
100% do conselho”, disse. Paulo Roberto Costa assinou acordo de delação
premiada com a Justiça e disse ter detalhado como funcionava o esquema
de corrupção e o pagamento de propinas por empreiteiras sobre contratos
com a Petrobras. Em outro depoimento à Justiça, dessa vez sem o sigilo
da delação premiada, Costa admitiu que ele mesmo era o responsável por
recolher o dinheiro da propina paga aos partidos políticos PT, PP e
PMDB. POLITICA LIVRE
Mariana Jungmann, Agência Brasil
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