A montadora americana GM projeta para até
2020 estar produzindo, em larga escala, carros autônomos, ou seja, que
farão tudo sem a necessidade de intervenção do motorista. Montadoras
alemãs vão no mesmo movimento e já mostraram nos últimos salões
automobilísticos da Europa as chamadas versões conceito desses veículos.
Especialistas acreditam que até 2040 mais da metade dos carros
circulando no mundo serão totalmente autônomos e, portanto, não
precisarão que dentro esteja um motorista habilitado.
Carro da GM deve decretar o fim da carteira de motorista em 6 anos
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Carros que se falam
Três vertentes tecnológicas são utilizadas no desenvolvimento desses veículos independentes. A primeira, usada pela junção da fabricante japonesa Toyota e pelo Google, desenvolve carros que utilizam sistemas de navegação baseados em mapas e uso do GPS, além da necessidade de infraestrutura de sinalizações eletrônicas pela cidade. Essa forma de pensar é chamada de V2I – Vehicle to infrastructure, ou seja, veículo conversando com a infraestrutura. Outra linha, testada dessa vez por fabricantes alemães, usa o conceito de interconexão entre os carros, dispensando qualquer infraestrutura adicional, a chamada V2V – Vehicle to vehicle, que pode ser traduzida por veículos conversando com veículos.
Uma terceira linha
desenvolvida por fabricantes como a Volvo defende uma junção das duas
tecnologias e é chamada de V2X. Um dos estudos da marca alemã que usa
esse conceito traz, por exemplo, a possibilidade de existirem os
chamados trens de carros, onde vários veículos estariam se
autocontrolando e andando a distâncias mínimas em alta velocidade pelas
rodovias. Isso acabaria com congestionamentos e reduziria o gasto de
combustíveis. Divergências de conceitos à parte, todos os
desenvolvedores desse mundo sem motoristas, sinaleiras e acidentes são
unânimes em afirmar que o maior obstáculo para a implementação do modelo
não é tecnológico.
Passageiro, não mais que isso
O problema maior vai mesmo ser convencer as pessoas a adotar a postura de meros coadjuvantes na condução dos carros. Para isso as empresas produtoras de veículos trabalham em um movimento de reeducação dos motoristas. A linha usada pelos fabricantes é simples. Quanto mais pedaços do sistema total forem sendo ofertados, a confiança e a dependência em dirigir usando aparatos tecnológicos vai aumentando. Além dos já comuns sensores de ré, que ajudam a estacionar sem se preocupar em ter que julgar a distância até os obstáculos, carros com câmeras para o mesmo fim começam cada vez mais a chegar ao mercado. O uso do GPS para se localizar já é comum e aposentou os mapas convencionais.
O problema maior vai mesmo ser convencer as pessoas a adotar a postura de meros coadjuvantes na condução dos carros. Para isso as empresas produtoras de veículos trabalham em um movimento de reeducação dos motoristas. A linha usada pelos fabricantes é simples. Quanto mais pedaços do sistema total forem sendo ofertados, a confiança e a dependência em dirigir usando aparatos tecnológicos vai aumentando. Além dos já comuns sensores de ré, que ajudam a estacionar sem se preocupar em ter que julgar a distância até os obstáculos, carros com câmeras para o mesmo fim começam cada vez mais a chegar ao mercado. O uso do GPS para se localizar já é comum e aposentou os mapas convencionais.
O câmbio automático, antes abominado pelo motorista
brasileiro, cada vez mais passa a ser um sonho de consumo no trânsito
caótico das cidades. Somado a tudo isso alguns modelos japoneses e
alemães já trazem sensores que vão além e mostram distâncias para
obstáculos em todas as direções, chegando até a identificar se algum
carro além do que está exatamente na frente já parou. Fabricantes já
prometem lançar modelos que utilizarão essa tecnologia não apenas para
avisar, mas para controlar freio e aceleração, limitando a atuação do
motorista a ponto de não permitir que ele erre e venha a bater o carro
por alguma falha humana. Por todos esses sinais, tudo indica que em mais
algumas gerações a marcante sensação de independência trazida por
possuir uma carteira de motorista pode mesmo, aos poucos, deixar de
existir. Veremos, como em antigos filmes de ficção, carros andando
sozinhos pelas cidades, nos deixando apenas o papel de meros
passageiros.
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