A Argentina é o maior produtor de vinhos da América do Sul e o
quinto em âmbito mundial, com mais de 210 mil hectares de vinhedos
cultivados, grande diversidade de solos, climas e paisagens. Possui
diferentes tipos de terroir e uma ampla diversidade de uvas cultivadas. A
cada dia, surgem projetos e regiões, com investimentos locais e
externos. Atualmente, na maioria das províncias, existem cultivo e
elaboração de vinhos.
A cepa Malbec dá origem a seu vinho mais emblemático, e isso é sabido por pessoas que apreciam vinhos em qualquer parte do mundo. Mas a Argentina é muito mais que Malbec. Nesta edição, refiro-me a duas cepas que não são tão conhecidas fora do país, e que merecem ser destacadas – como a uva branca Torrontés, e a tinta Bonarda.
Torrontés
Podemos dizer que essa variedade é exclusiva desse país. Embora existam vinhedos de torrontés em outras nações, as características se diferem muito. Na Argentina, existem três tipos de Torrontés: o riojano, o sanjuanino e o mendocino – sendo o riojano o mais cultivado e o que produz vinhos de maior qualidade.
A origem desta cepa era desconhecida até que alguns trabalhos realizados para esse fim a indicaram como um cruzamento entre duas variedades: Moscatel de Alexandria, e outra chamada Criolla Chica. É cultivada na maioria das regiões vitivinícolas da Argentina – são quase oito mil hectares de vinhedos, mas é no norte do país que tem o seu maior destaque, sobretudo em regiões da Província de Salta, como Cafayate e também no Vale de Famatina, na Provincia de La Rioja.
A uva Torrontés produz um vinho que encanta degustadores de todo o mundo pelas suas características únicas, o que o torna atraente. É um dos brancos mais aromáticos, muito perfumados, com aromas florais, como flor de laranjeira, jasmim, gerânios, rosas e notas de ervas e especiarias. Na boca, é intenso, aparecendo sabores frutados e de especiarias, e com uma acidez muito refrescante. Em geral, é um vinho que deve ser consumido jovem.
Em questão de harmonização, o vinho acompanha bem pratos típicos do norte da Argentina, como as empanadas salteñas ou locro. Também é um bom parceiro de frutos do mar e uma boa opção para acompanhar comidas picantes, muito temperadas, como, por exemplo, alguns pratos das cozinhas indiana, chinesa, vietnamita ou tailandesa.
Esta cepa também é utilizada na elaboração de vinhos espumantes e de vinhos doces de colheita tardia, que valem a pena experimentar e desfrutar.
Bonarda
A uva bonarda é a segunda uva tinta fina mais cultivada na Argentina. Sua origem tem sido muito discutida e até confusa, já que existem diferentes nomes que são relacionados a esta variedade, como algumas cepas italianas. Investigações indicam que esta cepa é originária da região de Savoie, na França, onde possui o nome de Corbeau. Esta cepa foi levada para a Argentina pelos imigrantes italianos, há muitíssimo tempo, junto com outras variedades.
Historicamente, esta uva foi utilizada para elaborar vinhos de consumo massivo, simples e com preço baixo. É uma cepa que tem bons rendimentos, o que faz com que sua produção seja mais econômica. Muitas vezes utilizada em cortes, principalmente com Malbec, para vinhos do dia a dia.
Nos últimos anos vêm ocorrendo mudanças significativas em relação à produção da Bonarda. Trabalhos realizados no cultivo para a obtenção de uvas de maior qualidade, vinificações diferenciadas, utilização de barricas e outros fizeram com que hoje existam vinhos de altíssima qualidade.
Quando alguém pergunta sobre esta cepa, digo que é uma das variedades mais cultivadas na Argentina. Supera os 18 mil hectares e, até pouco tempo, era mais cultivada que a Malbec. Isso gera certo espanto, mais ainda quando degustam um bom exemplar desta uva.
Como características gerais, podemos destacar a intensidade da cor, um vinho muito frutado e pouco tânico, macio, o que o torna muito agradável e, quando bem elaborado, pode ser complexo e com bom potencial de guarda.
Argentina não é só malbec. Existem muitas cepas cultivadas nesse país, com as quais são elaborados excelentes vinhos, tanto varietais como de cortes.
Wanderson Brasil, Eno-Sommelier
Instagram: @wandersonbrasil
WhatsApp: (62) 8193-9608 Apoio:
La Bona Paella Restaurante Espanhol
Rua 30 nº 177, Setor Marista, Goiânia.
Reservas: (62) 3548-1271 ou reservas@labonapaella.com.br
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A cepa Malbec dá origem a seu vinho mais emblemático, e isso é sabido por pessoas que apreciam vinhos em qualquer parte do mundo. Mas a Argentina é muito mais que Malbec. Nesta edição, refiro-me a duas cepas que não são tão conhecidas fora do país, e que merecem ser destacadas – como a uva branca Torrontés, e a tinta Bonarda.
Torrontés
Podemos dizer que essa variedade é exclusiva desse país. Embora existam vinhedos de torrontés em outras nações, as características se diferem muito. Na Argentina, existem três tipos de Torrontés: o riojano, o sanjuanino e o mendocino – sendo o riojano o mais cultivado e o que produz vinhos de maior qualidade.
A origem desta cepa era desconhecida até que alguns trabalhos realizados para esse fim a indicaram como um cruzamento entre duas variedades: Moscatel de Alexandria, e outra chamada Criolla Chica. É cultivada na maioria das regiões vitivinícolas da Argentina – são quase oito mil hectares de vinhedos, mas é no norte do país que tem o seu maior destaque, sobretudo em regiões da Província de Salta, como Cafayate e também no Vale de Famatina, na Provincia de La Rioja.
A uva Torrontés produz um vinho que encanta degustadores de todo o mundo pelas suas características únicas, o que o torna atraente. É um dos brancos mais aromáticos, muito perfumados, com aromas florais, como flor de laranjeira, jasmim, gerânios, rosas e notas de ervas e especiarias. Na boca, é intenso, aparecendo sabores frutados e de especiarias, e com uma acidez muito refrescante. Em geral, é um vinho que deve ser consumido jovem.
Em questão de harmonização, o vinho acompanha bem pratos típicos do norte da Argentina, como as empanadas salteñas ou locro. Também é um bom parceiro de frutos do mar e uma boa opção para acompanhar comidas picantes, muito temperadas, como, por exemplo, alguns pratos das cozinhas indiana, chinesa, vietnamita ou tailandesa.
Esta cepa também é utilizada na elaboração de vinhos espumantes e de vinhos doces de colheita tardia, que valem a pena experimentar e desfrutar.
Bonarda
A uva bonarda é a segunda uva tinta fina mais cultivada na Argentina. Sua origem tem sido muito discutida e até confusa, já que existem diferentes nomes que são relacionados a esta variedade, como algumas cepas italianas. Investigações indicam que esta cepa é originária da região de Savoie, na França, onde possui o nome de Corbeau. Esta cepa foi levada para a Argentina pelos imigrantes italianos, há muitíssimo tempo, junto com outras variedades.
Historicamente, esta uva foi utilizada para elaborar vinhos de consumo massivo, simples e com preço baixo. É uma cepa que tem bons rendimentos, o que faz com que sua produção seja mais econômica. Muitas vezes utilizada em cortes, principalmente com Malbec, para vinhos do dia a dia.
Nos últimos anos vêm ocorrendo mudanças significativas em relação à produção da Bonarda. Trabalhos realizados no cultivo para a obtenção de uvas de maior qualidade, vinificações diferenciadas, utilização de barricas e outros fizeram com que hoje existam vinhos de altíssima qualidade.
Quando alguém pergunta sobre esta cepa, digo que é uma das variedades mais cultivadas na Argentina. Supera os 18 mil hectares e, até pouco tempo, era mais cultivada que a Malbec. Isso gera certo espanto, mais ainda quando degustam um bom exemplar desta uva.
Como características gerais, podemos destacar a intensidade da cor, um vinho muito frutado e pouco tânico, macio, o que o torna muito agradável e, quando bem elaborado, pode ser complexo e com bom potencial de guarda.
Argentina não é só malbec. Existem muitas cepas cultivadas nesse país, com as quais são elaborados excelentes vinhos, tanto varietais como de cortes.
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