MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 28 de setembro de 2014

Wagner chama de "leviana" fala de Pinheiro sobre ONG

Patrícia França
A TARDE
  • Fernando Amorim | Ag. A TARDE
    Governador desafia senador do PT a dizer quem o perseguiu dentro do partido
O governador Jaques Wagner classificou, neste sábado, 27, como ""leviana" a declaração do senador Walter Pinheiro (PT-BA) à revista Veja de que correntes do PT  - "as mesmas que nacionalmente viviam se estapeando comigo por causa do mensalão" - o teriam envolvido em suposto esquema de caixa 2. Seriam recursos desviados do Fundo de Combate à Pobreza pela ONG Instituto Brasil, que tinha convênio com a secretaria estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur).
"Ele tem que dizer o nome, quem me perseguiu foi fulano, beltrano e ciclano. Generalidade para mim não tem sentido", disse irritado o governador, admitindo que a situação de Pinheiro no partido ficou delicada. "Eu sou contra essas caças à bruxas, mas é óbvio que ficou ruim, porque ele levantou uma lebre genérica. Não gostei da declaração dele, foi infeliz", afirmou Wagner em entrevista após inaugurar o terceiro viaduto do complexo viário Imbuí-Narandiba.
Em depoimento à Veja, o senador Walter Pinheiro disse que Dalva Sele Paiva, a ex-presidente do Instituto Brasil, pertencia à correntes do PT.

Segundo a revista, o Instituto Brasil foi criada para financiar campanhas de políticos do partido e teria desviado cerca de R$ 50 milhões, a partir de 2008, que seriam investidos na construção de casas populares na Bahia. Entre as campanhas bancadas pela ONG foi citada a de Walter Pinheiro pela prefeitura de Salvador, em 2008.
Em tom irônico, Wagner disse desconhecer qualquer perseguição do partido a "alguém que foi eleito senador e foi candidato a prefeito da Capital", e sugeriu a Pinheiro formalizar a denúncia. "Se o senador Walter Pinheiro tiver algum nome objetivo que o perseguiu, ele acuse e leve isso para dentro das correntes competentes".
Para Wagner, a denúncia "requentada" e "comprada" não passa de "armação" de véspera de eleição. "Depois a gente vai saber quem pagou, quando essa ladra picareta (Dalva Sale, que está na Espanha) vier responder à polícia".
Sobre a fala do prefeito  ACM Neto (DEM) em relação ao caso, no programa eleitoral do  candidato ao governo, Paulo Souto (DEM), Wagner disse que Neto nem Souto  "têm autoridade moral" para falar  com ele sobre "ética na política".
"Ele (Neto) em vez de se preocupar com o Instituto Brasil tem de perguntar ao candidato dele porque permitiu vender a Ilha do Urubu, o que diz dos R$ 100 milhões superfaturados da obra do emissário submarino (Embasa), de ter entregue 100 terrenos da Sudic para empresários privados, na saída do governo em 2006".

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