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iG São Paulo
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
“Tomar uma decisão acertada não é tão diferente de sentar-se em um júri – toda dúvida razoável deve ser removida antes que você dê um veredito. Felizmente, decisões corporativas raramente são questões de vida ou morte”, escreveu Branson em seu site.
Pese os prós e contras, mesmo se a impressão for boa. Como eu, você deve ser alguém que tem fortes primeiras impressões quando conhece alguém, mas não consegue deixar esse padrão de pensamento influenciar seu processo de decisão.
Se ao ouvir pela primeira vez uma ideia ela lhe parece realmente boa, você deve estar correto, mas não deve permitir que essa primeira impressão influencie sua habilidade de pesar objetivamente os contras e prós quando eles são apresentados.
Só porque nenhum ponto negativo apareceu, não significa que ele não exista. Então arrume alguém para procurá-lo e avaliá-lo enquanto você ainda tem tempo – descobrir quais são depois de ter fechado o negócio não vai te ajudar.
Insistir que esse tipo de arqueologia seja conduzido é duplamente importante quando todos estão animados em ir adiante com o projeto. Nada é perfeito, então trabalhe duro para descobrir qualquer problema oculto que o negócio possa ter e remova-o.
Evite tomar decisões sozinho. Toda decisão tem algum grau de impacto sobre sua habilidade em decidir por outras futuras oportunidades, no que os especialistas chamam de “fluxo de decisões”.
Essa pode ser uma oportunidade boa demais para perdê-la, mas como isso irá afetar outros projetos e prioridades? Se agora não é a melhor hora para fazer isso, que riscos existem em colocar a ideia em funcionamento por certo período? Se você não pode controlar o projeto além de outro que ainda não saiu do papel, qual deles deveria ser priorizado e por quê?
Faça tudo o que puder para proteger-se de uma queda. Todos os investidores sábios percorrem grandes distâncias para não sofrerem demais com baixas em seus portifólios de ações. Quando inicia um novo negócio, você deveria tentar empregar a mesma estratégia.
Por exemplo, quando começamos a Virgin Atlantic, o único caminho para fazer meus sócios da Virgin Records aceitarem os riscos envolvidos foi fazer a Boeing concordar em apoiar nosso 747 após um ano, se as coisas não funcionassem como esperávamos.
Com empreendimentos gigantes e de grande capital como a Virgin Galactic e nossa recentemente anunciada Virgin Cruises, sempre gastamos muito tempo procurando caminhos inventivos para mitigar os riscos de uma queda.
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