MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Pezão diz que PT é o culpado por racha no PMDB do Rio


Semana foi de polêmica na política no Rio após apoio de PMDB a Aécio. Apesar das divergências internas, governador e Paes trocaram gentilezas.

Alba Valéria Mendonça Do G1 Rio
Paes confirma apoio a Pezão em eventos na Maré (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)Paes confirma apoio a Pezão em eventos na Maré (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Em clima de cordialidade, apesar da semana agitada na política fluminense, o prefeito Eduardo Paes e o governador Luiz Fernando Pezão cumpriram agenda juntos nesta quinta-feira (26), em comunidades da Maré, no Subúrbio do Rio. Durante inauguração de um novo sistema de gestão de lixo no conjunto de favelas, Pezão culpou o PT pelo atual racha no PMDB regional. Ele e o prefeito tem candidatos diferentes para o Senado: enquanto Pezão apoia Cesar Maia, Paes rechaça o ex-prefeito.
Paes reafirmou que seus candidatos na próxima eleição são Dilma e Pezão, mas ressaltou que ainda não tem um nome para o Senado. Já Pezão fica em cima do muro quando o assunto é a eleição para a Presidência da República: diz que apoia Dilma e "não vai cuspir no prato que comeu", mas seguirá a orientação do partido de abrir palanque no Rio para Aécio Neves (PSDB), como foi decidido na convenção do PMDB.
Questionado sobre o racha no PMDB fluminense, Pezão culpou o PT. "Infelizmente, o PT é o culpado por esse movimento. Ele não soube reconhecer quando o ex-deputado Picciani adiou o tratamento de um câncer para trabalhar intensamente no segundo turno, na campanha da presidente Dilma, em 2008. Um gesto como esse não teve o tratamento merecido. Rompimentos acontecem. Mas eu e Cabral não vamos cuspir no prato que comemos no últimos sete anos", disse Pezão.
Segundo o governador, mesmo sem o apoio de parte do PMDB fluminense, o PT pode contar com três palanques no Rio, como o do candidato à presidência Eduardo Campos.
"Eu voto em Cesar Maia e vou trabalhar por isso. Compromissos políticos são assim. Mas ainda vão acontecer outras convenções nesta quinta. A gente vai acertando de um lado e de outro até conseguir o melhor apoio", disse Pezão.
Já o prefeito brincou com os jornalistas quando Pezão chegou à Maré. Ele chamou o governador para a entrevista e, enquanto alisava o ombro de Pezão, apresentou: "Vejam como cuido bem do meu candidato, eu cuido desta aliança". Ao que Pezão retribuiu, dizendo: "Por favor, faça isso, me adianta aí", disse rindo.
Paes destacou que acha muito ruim para o Rio uma aliança com o Cesar Maia e disse estar espantado com tanta agitação em torno de sua decisão.
"Minha posição não mudou. Voto em Dilma e Pezão. Acho que temos no Rio um processo de recuperação iniciado por Cabral, que reverteu uma situação de abandono de muitos anos. Não gosto da aliança do PMDB (com Maia) e acho importante me posicionar. Acho que essa não é uma boa solução para o Rio, mas foi o PT quem rompeu primeiro a nossa aliança", disse Paes antes das inaugurações na Maré.
O prefeito prestigiou inauguração do posto de atendimento da AgeRio na Maré e a assinatura do contrato de microcrédito para a comunidade, eventos capitaneados pelo governador Pezão.
PMDB e Aécio
Uma aliança do PMDB-RJ com o pré-candidato à  Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) foi anunciada nesta segunda-feira (23), data também do anúncio de que Cesar Maia (DEM) vai concorrer pela coligação à vaga ao Senado no lugar do ex-governador Sérgio Cabral. Com isso, o PMDB conquistou o apoio dos democratas ao governador Luiz Fernando Pezão.
Em entrevista à CBN, Paes criticou o movimento. "A candidatura do ex-prefeito Cesar Maia representa um pouco desta dissidência. Eu respeito a decisão partidária, mas certamente não serrarei fileiras com a candidatura do ex-prefeito César Maia”, disse o prefeito.
Um dia antes da aliança entre PMDB, PSDB e DEM ser revelada, Paes emitiu nota inconformado com a aproximação. Ele chegou a chamar a união de "bacanal eleitoral" e fez menção a outra união, anunciada um dia antes, entre PT e PSB — que lançou a candidatura de Lindbergh ao governo do estado e a de Romário para o Senado. Até membros do PSB, como Alfredo Sirkis, criticaram a aproximação. Em seu blog, Sirkis usou o termo "suruba". Em nota oficial, Paes repetiu o termo.
"O Partido dos Trabalhadores participou durante sete anos e tantos meses do governo Sérgio Cabral e pouquíssimo preocupado com a candidatura da presidenta Dilma, num projeto individual, numa agenda completamente distante de uma agenda nacional, resolveu aqui encerrar esta aliança", lamentou.

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