Durante Copa do Mundo, ocupação em hotéis cresce quase 60% no AC

Estudo foi feito pela Fecomércio-AC durante os primeiros 20 dias de junho.
Levantamento foi realizado com 250 empresários de Rio Branco.

Caio Fulgêncio Do G1 AC

Copa do Mundo deve impulsionar comércio ainda
no primeiro semestre, acreditam empresários
(Foto: Quésia Melo / GE)

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac) mostrou que, do dia 1 a 20 deste mês, o setor hoteleiro do estado indicou uma taxa de ocupação de 58,4%. Ou seja, mais da metade das vagas existentes nos hotéis acreanos foram ocupadas. Para o superintendente da Fecomércio, Egídio Garó, o crescimento da demanda é atribuída à Copa do Mundo, que atrai turistas de várias partes do mundo e que passam pelo Acre em direção aos estados brasileiros onde ocorrem os jogos.
Dentre os 250 empresários entrevistados para a pesquisa, 17% acreditam que o mundial também deve movimentar a área de restaurantes, assim como do consumo doméstico. No entanto, o superintendente esclarece que o crescimento gerado pela Copa deve beneficiar apenas setores específicos.
"Cerca de 17% dos empresários apontam que a Copa tem beneficiado, mas são setores específicos. A rede hoteleira, por exemplo, já teve um aumento na sua parte de ocupação nos primeiros dias de junho. Em contrapartida, temos o turista que vem só para pernoite. Ao mesmo tempo, os restaurantes e bares apontam um aquecimento muito grande devido à reunião das pessoas nos estabelecimentos", explica Garó.
O levantamento abordou ainda a expectativa dos empresários para o fim do primeiro semestre de 2014, tendo em vista os problemas de escassez de produtos durante a cheia histórica do Rio Madeira, em Rondônia, em fevereiro e março, que causou a interrupção do tráfego pela BR-364, única via terrestre que liga o Acre ao restante do país. Segundo a Ifepac, 44% dos empresários acreanos esperam fechar os seis primeiros meses do ano com resultados positivos.
Apesar da maioria ser otimista, a Fecomércio aponta que 14% consideram que a situação comercial deve permanecer estável. Outros 13%  acreditam que, devido ao endividamento do consumidor, o desempenho dos negócios das pequenas empresas fica limitado. E ainda 14% apostam em políticas de investimentos para o setor.
Por fim, a pesquisa mostrou que 55% dos empresários consideram que a concorrência comercial deve aumentar no estado. Por isso, novas estratégias se fazem necessárias, como a divulgação de produtos e investimento em promoções. O levantamento completo foi realizada entre os dias 26 de maio a 6 de junho deste ano.