MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 3 de maio de 2014

Grávida de 9 meses relata dificuldade para conseguir internação em Maceió


Maria Cícera diz que perdeu sangue, mas teve que voltar para casa.
Médicos do Hospital Universitário pediu que ela retornasse em três dias.

Do G1 AL

Maria Cícera Gomes, 22, está com sangramento e passou por cinco maternidades, porém nenhuma internou a jovem (Foto: Paula Nunes/G1)Maria Cícera passou por seis maternidades, mas
nenhuma internou a jovem (Foto: Paula Nunes/G1)
Grávida de nove meses, a dona de casa Maria Cícera Gomes, 22, vive desde a última sexta-feira (2) uma peregrinação nas maternidades de Maceió. Ela conta que passou por seis hospitais, mas só conseguiu atendimento no Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes (HUAA). Entretanto, mesmo perdendo sangue e líquido amniótico, o médico da unidade pediu que ela retornasse após três dias. Ela teme pela saúde dela e do filho e já não sabe mais o que fazer ou para onde ir.
“Estou com um sangramento e mesmo assim os médicos me mandam voltar para casa. É constrangedor ficar correndo toda a cidade para tentar dar à luz de forma digna, já passei por cinco maternidades e ainda não tive meu filho. É um direito básico e o Estado está me negando isso. Estou com muito medo de perder meu filho”, lamentou Maria Cícera.
O esposo de Maria, Erick Eduardo Nascimento dos Santos, 23, está preocupado com a situação da esposa. “Minha mulher já está com nove meses e, mesmo assim, os médicos mandam ela procurar atendimento depois de três dias. Desse jeito ela vai acabar tendo o menino a rua”, ressaltou.
As gestantes vêm sofrendo com a superlotação das maternidades de Alagoas há meses. A situação ficou ainda mais complicada nos últimos dias porque a Santa Mônica suspendeu totalmente o atendimento por conta de um problema elétrico causado pelas chuvas dos últimos dias. Desde o dia 22 de abril, a Santa Mônica não recebe nenhuma paciente e todas estão sendo encaminhadas para o HU, no bairro do Tabuleiro.
De acordo com a recepcionista do Hospital Universitário, que quis se identificar, a UTI Neonatal está superlotada e, por isso, o hospital só está atendendo a casos de gravidez de alto risco. “Os médicos avaliam e decidem se deixam a gestante no hospital ou se encaminham para outra maternidade, não somos nós que decidimos se a grávida fica, é o Cora [Complexo Regular de Assistência] da cidade”, explicou.
À reportagem do G1 a assessoria de comunicação do Hospital Universitário disse que o Estado se comprometeu a fazer a regularização da maternidade para sanar o problema da superlotação, mas que até agora nada foi resolvido. O HU também confirmou que a unidade de saúde vem passando por esse problema desde o fechamento da Santa Mônica.
Sobre a gestante que peregrinou em busca de atendimento, a assessoria informou que, aos sábados, o expediente do setor de comunicação é só pela manhã e que, por isso, desconhe a versão dada pela paciente.

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