MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sepultura e grupo de percussionistas franceses batem lata no Rock in Rio


Parceria de 2011 com Tambours du Bronx foi repetida no palco principal.
Show teve clássicos dos brasileiros e músicas do grupo francês.

Shin Oliva Suzuki Do G1, no Rio

"Até que enfim o dia do metal chegou!" Era Andreas Kisser do Sepultura dando vazão no microfone às reclamações de roqueiros sobre a avalanche pop na programação do Rock in Rio. E havia agora avalanche de peso - tanto nas guitarras quanto na percussão - neste show que abriu o palco principal do festival nesta quinta-feira (19).
Diante do sucesso da apresentação conjunta dos brasileiros e do grupo francês de percussão Tambours du Bronx na última edição, os organizadores do Rock in Rio repetiram o encontro e ainda fizeram um upgrade do Palco Sunset para o Palco Mundo neste ano.
O grupo francês tem mais de 25 anos de existência. Nasceu em Nevers, na Borgonha, localidade a 260 km de Paris. É formado oficialmente por 17 integrantes que batucam latões e dão volume à massa sonora do metal do Sepultura. O visual ao vivo não destoa: ogros gauleses sem camisa, barrigudos, tatuados e com bandanas na cabeça.
 A primeira música a agitar o público é "Refuse/Resist", clássico do disco "Chaos AD" (1993) - que será tocado na íntegra em shows no mês de outubro em São Paulo.
Kisser faz os primeiros contatos com a plateia e emenda um comentário político: "Vamos mostrar para o mundo que o Brasil não está dormindo. Muda, Brasil!".
Duas músicas do Tambours du Bronx são tocadas em seguida. "Delirium" e "Fever", que é cantada por um integrante do grupo francês e tem o acompanhamento de palmas da plateia. Na sequência, eles lembram "We've lost you" do disco-conceito sobre o livro/filme "Laranja mecânica".
O vocalista do Sepultura, Derrick Green, começa a conversar com o público (e agora o americano já fala um bom português) e anuncia que vai tocar "Firestarter" do Prodigy, um dos nomes fundamentais do dance/eletrônico e que atingiu o megasucesso em 1998. Silêncio sepulcral como resposta. Algo como "e eu vou lá ficar feliz que eles vão tocar músicas de clubber?". Mas a reação ao fim é positiva.
Com a guitarra lá em cima no volume e alguns latões do Tambours du Bronx sem a devida amplificação, a performance perde um pouco do impacto do show de 2011. Quando a camada de peso não é tocada, o trabalho dos franceses aparece em alguns pouco momentos e deixa a performance mais interessante.
"Territory" e "Roots bloody roots", da fase de ouro dos brasileiros, surgem no final para a satisfação dos fãs do metal e garantem a promessa de peso que era desejada por alguns desde o primeiro dia de Rock in Rio.
A novidade na banda brasileira neste Rock in Rio é Eloy Casagrande, menino-prodígio da bateria que assumiu as baquetas do Sepultura a partir de 2011 em substituição a Jean Dolabella. Ele não é um novato nem de Rock in Rio nem de palco principal. Pouco antes de ingressar no quarteto, o baterista de 22 anos tocou no festival pelo Glória.
O quarteto brasileiro ainda volta a tocar no Rock in Rio neste domingo (22), no Palco Sunset, e terá Zé Ramalho como convidado. Para quem já teve Carlinhos Brown como parceiro no estúdio e no palco, tocar composições do paraibano não parecerão um acinte para os fãs do metal. “Dança das Borboletas”, “Jardim das Acácias” e “Admirável Gado Novo” devem estar no set list.

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