Laudo com restrições fica fixado no mural da secretaria da escola.
Aluno tem alergia a amendoim, massas, milho, frutas cítricas, entre outros.
Alimentos para a preparação da merenda de Luiz são comprados separadamente (Foto: Magda Oliveira/G1)
Uma escola pública de Cacoal
(RO) oferece alimentação diferenciada para um aluno do terceiro ano,
que é alérgico, e segue uma dieta especial com diversas restrições de
alimentos. A merenda do pequeno Luiz Felipe, de 9 anos, é feita separada
do lanche dos demais alunos. Esta é a terceira escola que Luiz estuda.
Em uma delas a família precisou acionar o Conselho Tutelar, pois a
instituição não queria aceitar o aluno, alegando que a alergia poderia
passar para os demais.De acordo com a mãe de Luiz, Sônia Loiola da Luz, há menos de um ano ele está estudando na Paulo Freire e, desde o início, houve um cuidado especial com a sua alimentação. O laudo médico com as restrições foi entregue no ato da matrícula e uma cópia permanece anexada no mural da secretaria. Amendoim, massas, milho e derivados, frutas cítricas, não podem sem ingeridas por Luiz Felipe, caso contrário, seu corpo reage com pequenos coroços que se transformam em feridas.
Segundo Marli, os demais alunos não se incomodam pelo fato do colega comer uma merenda diferenciada dos demais, pois sabem o motivo. “Trabalhamos essa questão com a orientação educacional e com a professora do 3º ano. Os alunos da classe foram orientados e sabem que o amigo não pode comer uma série de alimentos, mas que é igual a todos”, disse Marli.
Lista com restrições alimentares está fixado na
secretaria da escola (Foto: Magda Oliveira/G1)
Compra e preparaçãosecretaria da escola (Foto: Magda Oliveira/G1)
João Lopes da Silva é o vice-diretor da escola e responsável pela compra da merenda escolar. Ao G1, João explica que para a preparação da alimentação de Luiz, é comprado o óleo especial e leite em pó, por exemplo. Além dos biscoitos de polvilho, que também pode ser ingerido pelo aluno.
A refeição que Luiz melhor se identifica, segundo a merendeira Cleone Marta de Oliveira, uma das responsáveis pela preparação da merenda, é o básico arroz, feijão e carne, sempre preparados com óleo de girassol ou canola, que a escola passou a adquirir após o aluno ter sido matriculado. Todos os alimentos são temperados com alho, sal e açafrão.
A doença
A mãe de Luiz conta que percebeu que o menino tinha algum problema ainda quando era recém-nascido, pois o garoto apresentava ‘caroçinhos’ no corpo e chorava muito. “Nós levamos o Luiz Felipe no hospital em Cacoal, mas quando descobriram que era alergia, nos encaminharam para Porto Velho. Todo ano temos que leva-lo a capital, mas esse ano [2013] ainda não fomos”, disse Sônia, destacando que sua maior dificuldade em manter o tratamento do filho, é a questão financeira.
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