De acordo com o presidente do CRM-RR, o protesto é pacífico.
Manifestantes querem mais unidades de saúde no Estado.
Parte da avenida ficou interditada pelos manifestantes (Foto: Marcelo Marques/ G1 RR)
Médicos e acadêmicos de medicina fazem uma manifestação pacífica na
noite desta quarta-feira (3), na avenida Ene Garcez, centro de Boa Vista.
Cerca de 250 pessoas protestam contra a “importação” de médicos
estrangeiros, anunciada pela presidente Dilma Rousseff (PT) e exigem
melhorias na saúde pública de Roraima.Em um cruzamento estratégico, os manifestantes recorrem a cartazes, a palavras de ordem e ao Hino Nacional Brasileiro para reprovar a atitude do Governo Federal em contratar profissionais estrangeiros.
"Todas as entidades médicas do país cobram melhores condições de saúde e estrutura na unidades hospitalares e em Roraima não é diferente. Além disso, queremos que o Governo Federal faça o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida",explicou o médico Virlande da Luz, presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-RR).
O protesto ocorreu em uma das principais avenidas
de Boa Vista (Foto: Marcelo Marques/ G1 RR)
Ele disse que a classe médica não é contra a presença de estrangeiros,
sejam de qualquer lugar. " Eles têm de cumprir as etapas que fizemos
assim como a grade curricular equiparada", disse. Nesta quarta-feira, os
médicos fizeram uma paralisação. " Os serviços de urgência e emergência
funcionaram normalmente. Nesta quinta (4) tudo volta ao normal",
afirmou da Luz.de Boa Vista (Foto: Marcelo Marques/ G1 RR)
Para o oftalmologista Marcelo Batista, não é necessário trazer médicos do exterior, se não há estrutura para se oferecer um serviço de qualidade à população.
"Não temos condições de prestar uma saúde pública eficiente. A Municipal não está adequada e nem a estadual. O problema não é só médico, mas a falta de estrutura. Faltam unidades de saúde e remédios", disse o médico.
O Governo Federal pretende 'importar' médicos de outros países para trabalhar no interior do Brasil. De acordo com a proposta, eles teriam três anos para conseguir a aprovação no exame do Revalida. A prova é de conhecimentos gerais de medicina que avalia a qualidade do profissional que vem de outro país trabalhar no Brasil.
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