Polícia também vai investigar responsabilidade dos bombeiros e prefeitura.
O delegado regional de Santa Maria
(RS), Marcelo Arigony informou em entrevista coletiva na tarde desta
terça-feira (29) que a banda Gurizada Fandangueira utilizou um
sinalizador mais barato, próprio para ambientes abertos e que não
deveria ser utilizado em local fechado. O equipamento teria provocado o
incêndio que deixou 234 mortos na boate Kiss, em Santa Maria (RS), na
madrugada de domingo (27).
"Eles compraram um sinalizador de pirotecnia mais barato, que sabiam que era exclusivamente para ambientes abertos, porque falaram que era mais barato. O sinalizador para ambiente aberto custava R$ 2,5 a unidade e o para ambiente fechado, R$ 70. Eles sabiam disso, usaram este modelo para economizar. Usaram o para ambiente fechado porque era mais barato”, diz o delegado.
Segundo ele, a declaração foi dada pelos integrantes da banda em depoimento. A banda inclusive usou este modelo em outras apresentações. Arigony elencou ainda uma série de elementos que corroboraram para que a tragédia ocorresse, como falhas na iluminação de emergência, espuma inadequada para recobrir a danceteria, que pode ser tóxica, além de extintores irregulares.
"Por tudo isso, qualquer criança vê que esta casa não poderia estar funcionando. O conjunto todo mostra uma irregularidade total. O conjunto todo mostra que esta casa não podia estar funcionando", afirmou.
O delegado afirma que abriu um processo para investigar a responsabilidade do Corpo de Bomberiros e da prefeitura de Santa Maria, e se houve improbidade administrativa.
De acordo com Arigony, o sinalizador para uso interno custa por volta de R$ 70, enquanto o equipamento para uso externo é bem mais barato e chega a ser encontrado por R$ 2,50. Ele afirma ainda que o extintor de incêndio que estava na boate e falhou quando os seguranças tentaram apagar o fogo pode ser falso.
“Segundo testemunhas e provas preliminares, os extintores podem ser falsos, pois não estavam funcionando, não funcionavam direito”, acrescentou.
Ainda segundo o delegado, a espuma utilizada no revestimento da casa notura não servia como revestimento acústico. “Esta espuma nem faz isolamento acustico,apenas evita eco e é inflamável pode ter produzido o gás tóxico”, diz o delegado.
Outro indício investigado é que os donos da Kiss fizeram reformas no local que não haviam sido notificadas ou autorizadas pela prefeitura e pelo Corpo de Bombeiros e que a porta de entrada não teria capacidade para dar “evasão de fuga” ao público.
O Corpo de Bombeiros, segundo o delegado, informou que o local tinha 615 metros de área e capacidade para 691 pessoas. O alvará de funcionamento estava vencido desde 10 de agosto e o laudo sanitário, desde 31 de março.
Também foi apontado por Arigony falhas na sinalização interna do estabelecimento. “A boate não tinha iluminação para crise. As pessoas podem ter corrido para o banheiro, ao ver a luz ligada lá, achando que era uma saída de emergência e acavaram morrendo asfixiadas lá dentro”.
Até esta terça-feira, 44 pessoas já foram ouvidas e 10 ofícios de informações foram expedidos a órgãos públicos pedindo explicações e documentos. Segundo o delegado, apenas a Brigada Militar já respondeu aos questionamentos.
"Eles compraram um sinalizador de pirotecnia mais barato, que sabiam que era exclusivamente para ambientes abertos, porque falaram que era mais barato. O sinalizador para ambiente aberto custava R$ 2,5 a unidade e o para ambiente fechado, R$ 70. Eles sabiam disso, usaram este modelo para economizar. Usaram o para ambiente fechado porque era mais barato”, diz o delegado.
Segundo ele, a declaração foi dada pelos integrantes da banda em depoimento. A banda inclusive usou este modelo em outras apresentações. Arigony elencou ainda uma série de elementos que corroboraram para que a tragédia ocorresse, como falhas na iluminação de emergência, espuma inadequada para recobrir a danceteria, que pode ser tóxica, além de extintores irregulares.
"Por tudo isso, qualquer criança vê que esta casa não poderia estar funcionando. O conjunto todo mostra uma irregularidade total. O conjunto todo mostra que esta casa não podia estar funcionando", afirmou.
O delegado afirma que abriu um processo para investigar a responsabilidade do Corpo de Bomberiros e da prefeitura de Santa Maria, e se houve improbidade administrativa.
De acordo com Arigony, o sinalizador para uso interno custa por volta de R$ 70, enquanto o equipamento para uso externo é bem mais barato e chega a ser encontrado por R$ 2,50. Ele afirma ainda que o extintor de incêndio que estava na boate e falhou quando os seguranças tentaram apagar o fogo pode ser falso.
“Segundo testemunhas e provas preliminares, os extintores podem ser falsos, pois não estavam funcionando, não funcionavam direito”, acrescentou.
Ainda segundo o delegado, a espuma utilizada no revestimento da casa notura não servia como revestimento acústico. “Esta espuma nem faz isolamento acustico,apenas evita eco e é inflamável pode ter produzido o gás tóxico”, diz o delegado.
Outro indício investigado é que os donos da Kiss fizeram reformas no local que não haviam sido notificadas ou autorizadas pela prefeitura e pelo Corpo de Bombeiros e que a porta de entrada não teria capacidade para dar “evasão de fuga” ao público.
O Corpo de Bombeiros, segundo o delegado, informou que o local tinha 615 metros de área e capacidade para 691 pessoas. O alvará de funcionamento estava vencido desde 10 de agosto e o laudo sanitário, desde 31 de março.
Também foi apontado por Arigony falhas na sinalização interna do estabelecimento. “A boate não tinha iluminação para crise. As pessoas podem ter corrido para o banheiro, ao ver a luz ligada lá, achando que era uma saída de emergência e acavaram morrendo asfixiadas lá dentro”.
Até esta terça-feira, 44 pessoas já foram ouvidas e 10 ofícios de informações foram expedidos a órgãos públicos pedindo explicações e documentos. Segundo o delegado, apenas a Brigada Militar já respondeu aos questionamentos.
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