No município de Tabira, produtores buscam manejos alternativos.
Uma das formas adotadas pelos apicultores é confinar a abelha rainha.
Sem chuva, as plantas não floresceram e está faltando pólen, néctar e água para as abelhas produzirem mel.
José Antônio costuma produzir anualmente três mil litros de mel, mas por conta da seca deste ano, ele teve uma perda de 50%. Para que o prejuízo não seja ainda maior, ele agora está alimentando as abelhas de maneira artificial e dentro dos apiários, tudo para que elas não busquem comida em outros locais.
A prática consiste em colocar reservas de água e mel dentro das caixas das abelhas. Desta forma, elas não produzem, mas também não deixam os apiários.
Segundo a Cooperativa de Desenvolvimento da Apicultura do Nordeste Brasileiro, a Coodapis, a perda na produção de mel na região Nordeste chega a 80%. Por isso, os apicultores vêm desenvolvendo em Tabira, há um ano, um trabalho para que a produção não seja tão afetada na época da estiagem.
Uma das soluções encontradas pela cooperativa de apicultores foi confinar a abelha rainha, manejo que evita que as abelhas abandonem as colmeias em busca de um novo local onde haja alimento.
É uma maneira de manter o enxame, já que a abelha rainha, por ser maior que as outras, não consegue sair da caixa pelos pequenos buracos. De acordo com o pesquisador Adelmo Cabral, a abelha rainha só pode ser solta quando houver água e flores ao mesmo tempo.
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