Lucas Botti (PMDB) se elegeu com 742 votos, em Ibiporã, no norte do PR.
Para conseguir votos, usou a linguagem dos sinais.
Para ocupar uma das nove cadeiras da Câmara, ele usou apenas a linguagem dos sinais. Lucas nasceu surdo e até desenvolveu um pouco da fala, mas a maior parte da comunicação é feita por sinais.
Casado há sete anos, a esposa acompanhou a superação do marido. “Muito feliz, muito orgulhosa. Não só por ser o meu marido, mas por ter um surdo vereador. Isso é algo grandioso para todas as pessoas que tem necessidades. É um representante para eles”, assegurou Ana Paula Botti.
Os próximos quatro anos no Legislativo será um desafio para o novo vereador e também para a Câmara de Vereadores. “A Câmara, realmente, vai ter que se preparar, né. Vai ter que fazer algumas adaptações para atender as necessidades especiais do Lucas. O ponto principal vai ter que ser uma assessoria. Ele tem direito a um assessor. Vai ser um assessor intérprete para que possa auxiliar realmente ele nessas questões”, relatou a vereadora Mari De Sá.
“O surdo, ele sente, percebe igual a todos. Ele tem vontade de lutar, mostrar que eles são capazes, que eles podem defender o seu direito, lutar pelo seu direito”, finalizou Botti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário