MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Por onde andam os mandantes e os executores da invasão da UFBA?


Otto Alencar, Cesar Borges, Coronel Castro: o primeiro e o segundo mandaram bater, e o terceiro bateu. Os três hoje são do time de Pelegrino.
A Bahia retornou, nesta eleição, ao velho maniqueísmo político que se pensava já haver acabado. O carlismo e o anti-carlismo. Trata-se de uma bobagem sem tamanho. O que se convencionou chamar de carlismo acabou em julho de 2007 com a morte do então senador Antonio Carlos Magalhães. E com o fim do carlismo, evidentemente, acabou junto o anti-carlismo. Pelo menos era o que se acreditava. Mas, na atual eleição, na escassez de boas propostas ou de argumentos razoáveis, o time do PT resolveu ressuscitar essa velha história, logo agora que tantos ex-carlistas são neo-petistas.
Uma das peças que têm sido veiculadas na campanha do candidato petista Nelson Pelegrino diz que polícia é para ladrão e não para estudante. A peça mostra a Faculdade de Direito da UFBA sendo invadida para reprimir estudantes que pediam a cassação do então senador Antonio Carlos Magalhães. A polícia reprimiu com vontade, por ordem do governador e do vice-governador do estado na época.
O episódio, de flagrante ilegalidade, ocorreu em 16 de maio de 2001 e teve ampla cobertura da imprensa de todo o país. Policiais invadiram o prédio da faculdade e agrediram estudantes e professores, deixando 19 feridos. Os comandantes da ação foram o coronel Walter Leite e o major Alfredo Castro, então comandante do Batalhão de Choque da PM.
No debate de ontem na TV Aratu, o candidato do PT, Nelson Pelegrino, tangenciou o tema, mas estranhamente recuou e não mais falou do assunto. Sabem por que? Por três motivos prosaicos. Vamos a eles.
Primeiro: o governador da Bahia na época, o homem que ordenou a invasão, era Cesar Borges, hoje aliado do governo petista de Jaques Wagner e que na última sexta-feira estava no comício de Cajazeiras, juntinho da presidente Dilma, do próprio Wagner e do candidato Nelson Pelegrino.
Segundo: o vice-governador de Cesar Borges, que foi consultado e referendou a ordem com a frase “desce o cacete nesses subversivos” era, vejam só que coincidência, o atual vice-governador Otto Alencar, que também flanava bastante à vontade no palanque de Cajazeiras ao lado da presidente Dilma – a qual, pressupõe-se, jamais imaginaria estar tão mal acompanhada.
Mas, o terceiro motivo é o mais inacreditável: o então comandante do Batalhão de Choque da PM, segundo vários depoimentos um dos que batia com mais gosto nos estudantes, o então major e hoje coronel Alfredo Castro, que foi nomeado pelo governador Jaques Wagner nada mais nada menos do que comandante-geral da Polícia Militar do Estado da Bahia. É inclusive o atual ocupante do cargo e em tal condição, na última sexta-feira, também estava nas cercanias do comício de Cajazeiras.
E durma-se com um barulho desse.

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