MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Mesmo sem frio e sem neve, Bariloche continua sedutora


Daniela Castro*

  • Daniela Castro| Ag. A TARDE
    Cidade de cerca de 140 mil habitantes recebe em torno de 800 mil turistas por ano
Quem tem planos de curtir a neve da Patagônia Argentina ainda este ano, pode ir tirando o cavalinho da chuva. Desde o mês passado as nevascas deixaram de frequentar as previsões meteorológicas e o gelo que resta sobre as montanhas pouco a pouco vai sumindo da paisagem.
A boa notícia é que nem só de inverno vive aquela terra. Agora que o termômetro começa a registrar algo em torno dos 14 graus - temperatura alta para um lugar onde até agosto é comum viver abaixo de zero -, o momento é propício para planejar uma viagem nada óbvia a Bariloche.
Localizada a aproximadamente 1.600 km da capital Buenos Aires, a cidade de cerca de 140 mil habitantes recebe em torno de 800 mil turistas por ano. A maioria deles são brasileiros, que fazem com que a cidade ganhe um apelido durante as altas temporadas: "Brasiloche".

É este mesmo público que começa a descobrir que vale a pena deixar os casacos, cachecóis, gorros e botas fora da bagagem. Enquanto as estações fecham as portas para os praticantes de ski e snowboard, é hora de ver as montanhas, lagos e bosques com outros olhos.
Do ski à bicicleta - "Permanecemos abertos o ano todo. Da mesma forma que no inverno vemos os visitantes descendo a montanha de ski, no verão eles descem de bicicleta", observa Sofia Ruiz Guiñazu, assessora do Cerro Catedral, cujo ponto mais alto fica 2.180 metros acima do nível do mar.
É possível chegar aos vários níveis de elevação com a ajuda de 38 teleféricos, que dão acesso a mais de 120 km de pistas. Uma vez derretida a neve, elas dão lugar a atividades como o  trekking, além de variados circuitos de mountain bike.
Enquanto isso, as paredes das montanhas se tornam convidativas para os amantes de rapel e escalada, uma boa alternativa para afagar o espírito aventureiro dos andinistas - a quem interessar possa, os andinistas estão para a Cordilheira dos Andes assim como os alpinistas estão para os Alpes europeus.
Noites com sol - O leque de possibilidades não para por aí. Muitos dos grandes lagos que se espalham ao redor de Bariloche ganham faixas de areia que permitem transformar o espaço em praia. As águas são calmas e cristalinas, mas não custa nada atentar para a temperatura, que pode fazer tiritar um baiano habituado ao mar morno da Baía de Todos-os-Santos.
Aos que querem minimizar a possibilidade de sentir frio, convém empurrar a viagem para a alta temporada de verão, que vai de dezembro a março. Vale uma dica: o ápice está no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro, considerado altíssima temporada.
O inconveniente dessa época é que você não será o único a pensar em Bariloche como um destino interessante para o veraneio, portanto as tarifas de passagem e hospedagem tendem a ficar mais salgadas.
Até meados de dezembro, a hospedagem em quarto duplo de um hotel três estrelas pode ser encontrada por cerca de 300 pesos, o equivalente a cerca de R$ 120 por pessoa. Hoje, uma passagem aérea de Salvador para Bariloche está valendo entre R$ 1,5 mil e R$ 2,2 mil, na classe econômica.
Passados os meses de outubro e novembro, esses valores podem subir até 30%. A vantagem é que a temperatura pode começar a passar dos 18 graus. Com sorte, chega até os 29. Outra coisa boa é que a luz do sol acompanha o visitante por muito mais tempo e acaba sobrando tempo pra mais diversão, já que o por do sol só acontece lá pelas 22 horas.
*A repórter viajou a convite do Inprotur (Instituto Nacional de Promoção Turística) da Argentina, através do Consulado da República Argentina em Salvador

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