Fósseis e réplicas fazem parte do 46º Congresso Brasileiro de Geologia.
Grãos de areia com formato de estrela também são atração.
Fezes de dinossauro em feira na praia de Santos (Foto: Lincoln Chaves/G1)
Uma exposição bastante curiosa, instalada ao ar livre, na praia do
Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo, tem despertado a
curiosidade de milhares de moradores e turistas que visitam a região. No
local estão expostos fósseis de dinossauros, raros tipos de minérios e
rochas e areias de várias partes do mundo que podem ser observadas por
meio de um microscópio. O que mais chama a atenção, porém, são objetos
que parecem pedras mas, na verdade, são fezes de dinossauros
fossilizadas há mais de 260 milhões de anos.O museu a céu aberto faz parte do 46º Congresso Brasileiro de Geologia. Mais de 3 mil pessoas, de 21 países diferentes, estão em Santos para participar do evento. Visitando o museu a céu aberto, é possível conferir cerca de 10 estandes com amostras de rochas e minérios, maquetes, jogos lúdicos e explicações de universitários sobre a ciência. "O museu é um extensão do congresso, mas com cunho social. A pessoa começa a entender o que é o pré sal, o que é a rocha do pré-sal e, inclusive, sai do local com uma amostra de óleo do pré sal. São 10 mil frascos que foram preparados para atender toda a população", explica Fábio Braz Machado, professor da Universidade Federal de São Paulo e presidente do congresso.
Além de aprenderem um pouco sobre o pré-sal, pessoas de todas as idades podem ter contato com partes de seres que habitaram o planeta há milhões de anos. Os visitantes podem conferir fósseis de dinossauros que viveram há cerca de 260 milhões de anos. "As fezes fossilizadas nos fornecem informações importantes sobre o hábito alimentar, peso e todas as características fisiológicas do animal", explica Fábio Machado. Além dos fósseis, uma réplica em gesso da cabeça de um 'alossauro', um gigante carnívoro que habitou a América do Sul em outros tempos.
A estudante Luísa Marques, de 8 anos, é uma das crianças que se fascinaram observando os fósseis e os grãos de areia. "A minha areia favorita é a do Japão, que tem formato de estrelas quando vejo pelo microscópio", afirma. As amostras são exibidas por estudantes do curso de Ciências da Natureza, da Universidade de São Paulo (USP). É possível conferir amostras de areias das praias da França, Japão, Havaí e da costa brasileira, de cidades como Ubatuba, Santos e Ilhabela, no litoral paulista. "Aqui explicamos como é formada a areia e apresentamos diferentes tipos, como a branca, a polida e a fosca, entre outras", conta a estudante Carolina Harumi.
Para o organizador do evento, Fábio Braz Machado, a mostra é uma oportunidade para todos aprenderem mais sobre geologia. "É uma atividade muito importante para nós. O evento aproxima a população da geologia, hoje tão presente no nosso dia a dia. Não só pela valorização do petróleo, mas por causa dos minerais e também do meio ambiente. Nosso principal intuito é a educação ambiental. Precisamos mudar e valorizar esse conceito", relata o professor.
A 'Praia das Geociências' acontece na praia do Gonzaga, em Santos, na altura da Praça das Bandeiras. O museu funcionará até a próxima sexta-feira (5), das 11h às 18h. A entrada é gratuita.
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