MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 7 de outubro de 2012

Energia solar será combustível de comunidade tradicional no Pará


Conheça o projeto do Eco Barco, que pode revoluicionar a vida dos ribieirinhos que moram na Ilha das Onças

G1 PA
Na Amazônia, os barcos ribeirinhos são conhecidos como "pô pô pô" por conta do barulho do motor diesel (Foto: Dirceu Maués / Amazônia Jornal)Na Amazônia, os barcos ribeirinhos são conhecidos como "pô pô pô" por conta do barulho do motor diesel (Foto: Dirceu Maués / Amazônia Jornal)
Na Amazônia, a energia que impulsiona os barcos garante o vai e vem dos ribeirinhos é alimentada por uma fonte que polui os rios: o óleo diesel. Mas, segundo pesquisadores das universidades federais do Pará, de São Paulo e de Santa Catarina, é possível fazer diferente: eles trabalham em um projeto de energia limpa, onde os barcos são movidos com energia solar, que fez sucesso durante a conferência ambiental Rio +20.
Com ajuda de placas solares, os raios refletidos ajudam a carregar 32 baterias, e a energia armazenada é capaz de sustentar longas viagens, mesmo em dias de chuva. Segundo o pesquisador Alexandre Montenegro, as baterias evitam que o ribeirinho fique à deriva. "Em dias de chuva, o barco continua navegando. A autonomia é para cinco dias, com chuvas", explica.
O chamado "Eco Barco" levou dois anos para ser desenvolvido, e terá capacidade para levar até 22 pessoas sentadas quando for finalizado. A embarcação é feita de fibra de vidro, mais resistente e mais leve que nos barcos tradicionais. A previsão é que o barco solar esteja navegando nas águas da Amazônia ainda em 2012.
A novidade será doada para os ribeirinhos da comunidade de Santa Rosa, que fica na Ilha das Onças, em Barcarena, distante 4km de Belém. Os estudantes que precisam cruzar o rio para chegar à escola serão os principais passageiros, mas o barco também será usado para transportar o que é produzido pela comunidade. "Para a escolha da comunidade, pesou o fato deles não terem energia elétrica, serem organizados e próximos de Belém, para facilitar o deslocamento e implantação do projeto", explica o engenheiro eletricista João Tavares Pinto.
Inovação beneficiará comunidade ribeirinha
A iniciativa do Eco Barco comunitário é inédita, e pode beneficiar as famílias que dependem de atividades tradicionais para sobreviver. "No Brasil, é a primeira vez que um barco solar vai transportar pessoas e produtos. Existem barcos solares menores, usados em competições. Com este fim, será a primeira vez", revela o engenheiro Alexandre Montenegro.
O projeto é financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e inclui a construção de uma base solar fixa onde serão instalados equipamentos para fabricar gelo e máquinas de costura. Os ribeirinhos vão receber treinamento para manter os equipamentos funcionando.
"após isso, a idéia é que a infra estrutura, o barco, a oficina, máquinas de gelo, passem a ser da comunidade, tudo será doado à comunidade e a gente só vai prestar assessoria técnica", explica Tavares.
Barco solar fabricado com ajuda de paraense foi atração na Rio+20 (Foto: Reprodução / TV Liberal)Barco solar fabricado com ajuda de paraense foi atração na Rio+20 (Foto: Reprodução / TV Liberal)

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