Donos de dinheiro devolvido dão bolsa de estudo para filho de pedreiro

Morador encontrou pasta com R$ 50 mil e devolveu, em Catalão, Goiás.
Dinheiro pertence a proprietários de escola, que recompensou a família.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

  Os donos dos R$ 50 mil encontrados e devolvidos por um pedreiro de Catalão, no sul de Goiás, fizeram uma surpresa para a família de Wellington Rodrigues Barbosa nesta quarta-feira (3). Proprietários de uma escola particular deram uma bolsa de estudos para o filho dele, Eduardo Alves Neto, 13 anos.
Nesta tarde, o estudante conheceu a escola onde vai estudar a partir do próximo ano. "Vou me dedicar muito nos meus estudos, me formar, ser um grante engenheir. Quero dar orgulho para o meu pai por feito isso", disse o garoto.
Wellington encontrou a pasta em uma calçada, quando voltava do trabalho. Ela estava forrada com cheques, notas de R$ 10 e R$ 20, totalizando mais de R$ 50 mil.

Para juntar todo esse montante, o pedreiro precisaria trabalhar por dois anos seguidos sem gastar nenhum centavo. "Esse dinheiro é o que eu precisava no momento, mas a honestidade fala mais alto nessa hora", explicou. No endereço que estava junto com o dinheiro o pedreiro conseguiu encontrar o dono da pasta.
Extravio
Segundo o diretor-administrativo de uma escola particular, Adair Silva Rosa, a pasta pertence à unidade de ensino na qual trabalha. Ele contou que a perdeu quando saiu do estabelecimento carregando vários volumes.

Na pasta extraviada estava a movimentação financeira de todo o mês de setembro. A quantia seria levada para um cofre para, posteriormente, ser usada no pagamento de despesas e investimentos no colégio. "Ao chegar em casa, abri a parte de trás do carro percebi a falta dessa aqui [a pasta], aí eu fiquei desesperado", conta Adair.

O diretor-administrativo da escola, Adair Silva Rosa, e o diretor pedagógico, Cesomar Costa de Almeida, fizeram questão de ir a casa do pedreiro para agradecer. “É um gesto digno, de muita honestidade, de muito elogio”, destaca Adair.
Para os sócios do colégio, gestos como o de Wellington merecem ser reconhecidos. “Isso aí vai servir como lição para muitas pessoas, de que a honestidade vale a pena”, diz Cesomar.