Forte seca que atingiu o Nordeste, este ano, provocou quebra na safra.
Milho colhido não é suficiente para alimentar o gado da região.
O pecuarista Francisco Mota conta que tem que levar o gado mais longe para conseguir água. Ele se desfez de parte dos animais para comprar forragem e enfrentar a seca, mas além do pasto, o gado precisa também de milho.
Para garantir o alimento das 15 cabeças, Francisco foi um dos primeiros a chegar ao galpão da Companhia Nacional de Abastecimento no município de Senador Pompeu, sertão central do Ceará.
O programa Venda no Balcão foi criado pelo Ministério da Agricultura para amenizar os prejuízos causados pela seca no Nordeste e regular os preços e estoques de milho.
Criadores como Francisco têm direito ao grão com preço subsidiado. Ele vai pagar R$ 18,12 pela saca de 60 quilos de milho e dependendo do tamanho do rebanho, cada criador cadastrado tem direito a até 14 mil quilos.
Se não fosse a estiagem, a produção de milho do Ceará seria suficiente para atender toda a demanda dos produtores, mas com a frustração na safra em 85%, pelo menos 50 mil criadores de gado estão recorrendo aos estoques reguladores de milho, principalmente os pequenos criadores.
A safra esperada pelo estado era de um milhão de toneladas de milho, mas os agricultores só colheram 150 mil toneladas. Por isso, o milho oferecido pela Conab está vindo de Mato Grosso do Sul, um dos maiores produtores do país.
Para participar do programa, os criadores de gado, caprinos, ovinos, suínos e de aves devem se cadastrar no programa apresentando a certidão do rebanho. Ao todo, serão disponibilizadas 400 mil toneladas do produto para todo Nordeste.
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