MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mesmo com barreiras, interesse em adoção de crianças cresce no AM


Magistrada esclarece que interessados criam barreiras por preferências.
Crianças do sexo feminino de 0 a 2 anos e branca é principal preferência.

Adneison Severiano Do G1 AM
Comente agoraCriança à espera da adoção (Foto: Leandro J. Nascimento/G1) Lista de espera de adoção conta com 11 crianças
(Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
O número de pessoas interessadas em adotar crianças em Manaus supera o volume de menores que esperam um novo lar. Atualmente, consta no Cadastro Nacional de Adoção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 11 crianças da capital aguardam serem encaminhadas às famílias determinadas pela justiça. Já a lista de interessados inscritas no cadastro é composta por 37 pessoas. Segundo a Vara da Infância e Juventude da Comarca de Manaus, ainda há crianças na lista de espera em virtude das dificuldades criadas pelos próprios interessados, impondo características físicas no processo de escolha da criança.
A juíza da Infância e Juventude de Manaus, Rebecca Lima, explicou que as barreiras são geradas pelas pessoas interessadas, quando escolhem o sexo, cor e idade da criança que deseja adotar. “Muitas vezes as escolhas das pessoas não necessariamente apontam para as crianças que estão na fila de adoção. Assim, as dificuldades enfrentadas são causadas pelas preferências colocadas pelas pessoas”, ressaltou a magistrada.
Lista de crianças para adoção em Manaus (Foto: Reprodução)Lista de crianças para adoção em Manaus (Foto: Reprodução)
De acordo com a juíza Rebecca Lima, as crianças do sexo feminino, de cor branca e com faixa etária de 0 a 2 anos, é a principal preferência dos interessados cadastrados na fila de adoção em Manaus. Mesmo com essa barreira, nos últimos 12 meses o volume de tramitação dos processos de adoção na capital cresceu entorno de 40%. “Não posso avaliar os processos nos últimos dois anos, porque estou na Vara da Infância e Juventude há um ano apenas”, ressalvou Rebecca Lima.
As barreiras são geradas pelas pessoas interessadas em adotar"
Juíza Rebecca Lima
Em média, o processo de adoção demora cerca de seis meses para ser concluído pelo Juizado da Infância e Juventude da capital. “Mas esse tempo é muito relativo, porque depende de alguns fatores como, por exemplo, a adaptação da criança após a etapa de convivência com a nova família. Então, demora de três a seis meses”, esclareceu a titular.
Critérios
As famílias interessadas em adotar uma criança devem se habilitar junto à Vara da Infância e Juventude. “Para isso, o primeiro passo é entrar com uma ação própria para habilitação de adoção. Em seguida, é feita uma análise psicossocial deles e se a sentença for favorável, eles serão incluídos no cadastro de pessoas interessadas. Da mesma forma que existe um cadastro das crianças que estão prontas para serem adotadas, há um cadastro das pessoas interessadas em adotá-las”, informou a magistrada.
Para efetuar o deferimento da solicitação da adoção, a justiça cumpre avaliação de uma série de critérios essenciais, que estão previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Os candidatos devem ser maiores de 18 anos, terem realmente condições emocionais para adotar e uma série de exigências constantes no ECA. Atendendo os requisitos essas pessoas estão aptas a adotar uma criança”, enfatizou a juíza Rebecca Li

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