Agricultores alegam não ter renda suficiente para renovar as áreas.
Queda no preço do coco seco preocupa os produtores.
Cerca de 70% da produção de coco de Sergipe é do tipo seco, uma cultura que se mostrou rentável nas últimas décadas, mas com o aumento no preço dos insumos agrícolas e a queda no valor pago, os investimentos nas plantações diminuíram bastante.
“De uma maneira geral, o coqueiral do estado de Sergipe ele está em estado de idade avançada e precisaria de uma renovação. As plantas estão desnutridas, com problemas de pragas, doenças e possivelmente, nenhum programa de recuperação conseguiria fazer com que esse material chegasse a ter uma boa produtividade. O ideal seria realmente fazer uma renovação de pelo menos grande parte do coqueiral”, explica o agrônomo da Embrapa Humberto Fontes.
Sergipe é o terceiro produtor de coco do país, com uma produção anual de 253 mil toneladas. A maior parte abastece as indústrias de beneficiamento, que produzem o coco ralado e leite de coco.
A unidade estava valendo em 2011 para o produtor R$ 1, agora, gira em torno de R$ 0,40, preço mais baixo da última década. Na expectativa de melhores preços, os produtores estão aumentando o intervalo de colheita de três para quatro meses.
O presidente do Sindicato Nacional dos Produtores de Coco, Francisco Porto, explica que essa queda no preço está relacionada ao aumento da importação do coco ralado de países asiáticos. O produto vindo do exterior concorre diretamente com o nacional porque chega custando bem menos, embora tenha qualidade inferior.
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