Os dois são exemplos de empresários que saíram da informalidade.
Hoje, no Brasil, mais de 2,7 milhões de trabalhadores já estão formalizados.
O servente e o motoboy tinham serviços informais e agora são empreendedores individuais. Hoje, no Brasil, mais de 2,7 milhões de trabalhadores já estão formalizados.
Erik Vasconcelos perdeu o emprego de motoboy em 2009. Com a ajuda da noiva Bruna Regina, ele montou, em casa, uma distribuidora de água mineral.
“Eu tive que pegar um fundo de garantia que era o único dinheiro que eu tinha de recurso e colocar na empresa, comprar 30 galões, era aquilo ou nada”, revela.
O empresário investiu R$ 500. Mas o negócio informal não ia bem. Os clientes exigiam nota fiscal, que Erik não tinha. No ano passado, com a orientação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), ele decidiu: era hora de se formalizar.
“A formalização é uma forma do empreendedor se tornar ter uma forma melhor de trabalho ele pode comprar de uma forma diferenciada, ele pode ter uma comprovação de renda, acesso a crédito, melhor acesso ao mercado e ele vai trabalhar pensando no seu futuro como empresa.”
Em seis meses, ele tinha 30 empresas como clientes. E não parou de crescer. Hoje, o empresário paga R$ 3 por um galão de água de 20 litros e revende por R$ 6. Com os lucros, ele está fazendo um site e deu entrada na compra do carro de entregas.
Um dos clientes da distribuidora é uma loja de bolsas. A gerente Margarete Souza compra 16 galões por mês. “A empresa não aceita sem nota fiscal, para comprovar que a gente realmente comprou, então isso é muito importante”, diz a gerente.
Hoje, o empreendedor tem 200 clientes, vende 300 galões por mês, fatura R$ 2 mil e tem muitos sonhos. “Sair daqui, ter uma empresa com a porta aberta, com clientes de todas as regiões. E crescer bastante, mas não só crescer. Crescer com qualidade também”, diz.
Em Alagoas, uma história parecida. Pedro Felipe dos Santos saiu de desempregado da construção civil para o “rei do sabão”. Pedro vai para a rua atrás de matéria-prima.
Na lanchonete, o óleo usado é separado em baldes e o empresário recolhe tudo o que pode. “Ele trabalha com a reciclagem para fazer o sabão, e com isso também tem a responsabilidade social”, revela o gerente Felipe Machado da Silva.
Em casa, Pedro coa a gordura para retirar a sujeira. Depois, mistura o óleo em uma espécie de liquidificador gigante. Adiciona carbonato de sódio e eucalipto - para dar um cheirinho agradável. Tudo com máscaras e luvas, porque os produtos são perigosos.
Com a ajuda da esposa, Dayse Maria da Silva, ele começou a fazer sabão. Faltava agora sair da informalidade. Foi com a ajuda do programa Empreendedor Individual que ele abriu, enfim, uma empresa de verdade.
O empreendedor aprendeu a manusear os produtos com segurança. Ele virou um empreendedor individual e conquistou mais clientes.
“Todo EI, aquela pessoa que trabalha por conta própria, que empreende, tem um negócio informal e fatura até R$ 60 mil por ano, ele tem as características de enquadramento dentro da figura jurídica do EI. Pedro, por exemplo, encaixa nessa figura jurídica. Formalizou-se em 2010, teve o apoio do Sebrae na orientação e na capacitação”, explicou Marcos Alencar, do Sebrae em Maceió.
O “rei do sabão” de Alagoas fatura em média R$ 40 mil por ano, vende cada barra por R$ 0,25. Depois, é hora de planejar, para vender mais e crescer. “Pretendo ir para um lugar maior, mais bonito e poder contratar mais pessoas, para ter a mesma felicidade que eu”, diz.
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