MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Professores das federais em greve fazem manifestação na Av. Paulista


Docentes da Unifesp, UFABC e UFScar participam do protesto.
Grupo se concentrou na Avenida Paulista a partir das 11h30 desta quinta.

Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo

Professores das universidades federais em greve nacional realizam, nesta quinta-feira (28), atos em frente às sedes e subsedes do Banco Central em várias cidades brasileiras. Na Avenida Paulista, docentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do ABC (UFABC) e Universidade Federal de São Carlos (UFScar) se concentraram na frente da sede do BC no fim da manhã desta quinta. Estudantes e servidores também participam do protesto. A Polícia Militar fechou uma das faixas da Avenida Paulista no sentido Consolação.
Estudantes e professores de universidades federais se concentram na frente da sede do Banco Central na Avenida Paulista (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)Estudantes e professores de universidades federais se concentram na frente da sede do Banco Central na Avenida Paulista (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)

Estudantes de vários campi da Unifesp produziram placas com fotos da infra-estrutura em suas unidades. Segundo Ana Carolina Nascimento, 22 anos, do curso de serviço social no campus da Baixada Santista, afirmou que os alunos se uniram "por causa da precariedade".
Segundo ela, as aulas começaram no prédio recém-construído em Santos no mês de março, que ainda não tem o habite-se da prefeitura. Mas as fortes chuvas provocaram danos no teto e infiltrações de água porque as janelas não eram vedadas. "Fizemos uma paralisação de duas semanas e depois voltamos para o prédio antigo, que já estava sendo usado pelo Instituto do Mar. Estamos aglomerados lá. Não vamos voltar enquanto não sair o habite-se", disse.
Estudantes da Unifesp exibem cartazes com fotos de problemas de infraestrutura (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)Estudantes da Unifesp exibem cartazes com fotos de problemas de infraestrutura (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
BalançoA mobilização nacional de professores das instituições federais de ensino pela reestruturação da carreira docente chegou na quarta-feira (27) à adesão de 95% das instituições, segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Das 59 universidades, 56 têm professores parados (veja lista ao final desta reportagem). Além disso, a greve dos servidores técnicos administrativos atinge 34 dos 38 institutos federais de ciência e tecnologia em 22 estados, além dos dois centros federais de tecnologia e o Colégio Pedro II.
ENTENDA A GREVE NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS
PROFESSORES SERVIDORES
Desde 17 de maio, professores das instituições federais fazem um movimento de greve nacional que já atingiu 95% da categoria. A paralisação nacional dos servidores teve início em 11 de junho e, segundo a última atualização dos sindicatos, pelo menos 90% dos institutos federais tinham servidores parados.
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES
- Criação de uma carreira única, com a incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios - Aumento do piso salarial em 22,8% com a correção das pendêncais da carreira desde 2007 (atualmente, ele é de R$ 1.304)
- Variação de 5% entre níveis a partir do piso, para o regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35) - Devolução do vencimento básico complementar absorvido na mudança na Lei da Carreira, de 2005
- Percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho - Reposicionamento dos servidores aposentados
O QUE DIZ O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
O MEC afirma que que quem define a agenda de negociação é o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). O Ministério da Educação está com uma proposta de plano de carreira pronta, para apresentar na próxima reunião agendada pelo MPOG – basicamente priorizando a dedicação exclusiva e titulação docente.
A categoria dos docentes pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Negociações
O sindicato reclama da morosidade nas negociações e do fato de elas estarem concentradas principalmente nas mãos do Ministério do Planejamento -- quem coordena o processo é o secretário das Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça.
"É uma questão de concepção, essa não é uma discussão numérica. Por se tratar de educação, é uma discussão qualitativa", afirmou ao G1 o professor Tiago Leandro da Cruz Neto, que integra o comando nacional de greve dos docentes.
De acordo com ele, o Ministério do Planejamento "discute apenas números", e não aborda a questão da efetiva reestruturação da carreira, que inclui, por exemplo, permitir que os professores atinjam o topo de sua carreira mais rapidamente, e não logo antes, ou mesmo depois, de atingirem o tempo de contribuição mínima para a aposentadoria.
"O MEC tem participado, mas de forma bastante tímida, precisa ser mais incisiva, a discussão precisa ser qualitativa", disse Cruz Neto.
Outro lado
Procurado pelo G1, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão afirmou, por meio de sua assessoria, que a reunião com as entidades que representam a categoria dos docentes, agendada para o dia 19, mas adiada, deve acontecer na próxima semana, mas ainda sem data confirmada. Ainda de acordo com o ministério, o secretário tem se reunido internamente com membros do governo para encontrar uma solução para o impasse nas negociações.
A última proposta do governo, divulgada em 13 de junho, sugeria que a carreira dos docentes das federais seguissem o mesmo plano de carreira dos servidores do Ministério da Ciência e Tecnologia, que contempla o reajuste salarial e a incorporação das gratificações.
Concentração de manifestantes na frente da sede do Banco Central (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)Concentração de manifestantes na frente da sede do Banco Central (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
O Ministério da Educação afirmou, em nota, que é importante frisar que, "sobre a greve das instituições federais de ensino superior, quem define a agenda de negociação é o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)".
O MEC disse ainda que tem uma proposta de plano de carreira pronta para apresentar às demais partes, na próxima reunião agendada pelo Ministério do Planejamento. A assessoria de imprensa do Ministério da Educação não divulgou a proposta, mas afirmou que ela prioriza "a dedicação exclusiva e titulação docente".
VEJA AS INSTITUIÇÕES QUE ESTÃO COM PROFESSORES E/OU SERVIDORES EM GREVE
GREVE DE PROFESSORES GREVE DE SERVIDORES
1. Universidade Federal do Amazonas
2. Universidade Federal de Roraima
3. Universidade Federal Rural da Amazônia
4. Universidade Federal do Pará
5. Universidade Federal do Oeste do Pará
6. Universidade Federal do Amapá
7. Universidade Federal do Maranhão
8. Universidade Federal do Piauí
9. Universidade Federal Rural do Semi-Árido
10. Universidade Federal da Paraíba
11. Universidade Federal de Campina Grande
12. Universidade Federal Rural de Pernambuco
13. Universidade Federal de Alagoas
14. Universidade Federal de Sergipe
15. Universidade Federal do Triângulo Mineiro
16. Universidade Federal de Uberlândia
17. Universidade Federal de Viçosa
18. Universidade Federal de Lavras
19. Universidade Federal de Ouro Preto
20. Universidade Federal de São João Del Rey
21. Universidade Federal do Espírito Santo
22. Universidade Federal do Paraná
23. Universidade Federal do Rio Grande
24. Universidade Federal do Mato Grosso
25. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
26. Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri
27. Universidade Tecnológica Federal do Paraná
28. Instituto Federal do Piauí
29. Centro Federal de Educação Tecnológica de MG
30. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
31. Universidade do Vale do São Francisco
32. Universidade Federal de Goiás (Goiânia, Cidade de Goiás, Catalão e Jataí)
33. Universidade Federal de Pernambuco
34. Universidade Federal do Acre
35. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
36. Universidade Federal do Rondônia
37. Universidade de Brasília
38. Universidade Federal de Juiz de Fora
39. Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
40. Universidade Federal do Pampa
41. Universidade Federal de Alfenas
42. Universidade Federal Fluminense
43. Universidade Federal do Rio de Janeiro
44. Universidade Federal de São Paulo
45. Universidade Federal de Grande Dourados
46. Universidade Federal de Santa Maria
47. Universidade Federal do Tocantins
48. Universidade Federal da Bahia
49. Universidade de Integração Latino Americana
50. Universidade Federal do ABC
51. Universidade Federal do Ceará
52. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Campus Três Lagoas)
53. Instituto Federal de Minas Gerais - Formiga
54. Universidade Federal de Minas Gerais
55. Universidade Federal da Fronteira Sul
56. Universidade Federal de Santa Catarina
1. Instituto Federal de Alagoas
2. Instituto Federal do Amazonas
3. Instituto Federal da Bahia
4. Instituto Federal Baiano
5. Instituto Federal do Ceará
6. Instituto Federal de Brasília
7. Instituto Federal do Espírito Santo
8. Instituto Federal de Goiás
9. Instituto Federal Goiano
10. Instituto Federal do Mato Grosso
11. Instituto Federal do Mato Grosso do Sul
12. Instituto Federal de Minas Gerais
13. Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
14. Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
15. Instituto Federal do Sul de Minas Gerais
16. Instituto Federal do Triângulo Mineiro
17. Instituto Federal do Pará
18. Instituto Federal da Paraíba
19. Instituto Federal do Paraná
20. Instituto Federal do Piauí
21. Instituto Federal de Pernambuco
22. Instituto Federal do Sertão Pernambucano
23. Instituto Federal do Rio de Janeiro
24. Instituto Federal Fluminense
25. Instituto Federal de Rondônia
26. Instituto Federal do Rio Grande do Norte
27. Instituto Federal Farroupilha
28. Instituto Federal do Rio Grande do Sul
29. Instituto Federal do Sul
30. Instituto Federal de Santa Catarina
31. Instituto Federal Catarinense
32. Instituto Federal de São Paulo
33. Instituto Federal de Sergipe
34. Instituto Federal do Tocantins
 
Fonte: Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) Fonte: Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe)

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