MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 25 de junho de 2012

GDF apura suspeita de morte por coqueluche em bebê de sete meses


Morador de Águas Lindas (GO), menino não era imunizado contra a doença.
Criança foi internada com tosse seca e lábios roxos na última segunda.

Do G1 DF

O secretário-adjunto de Saúde do Distrito Federal, Elias Miziara, durante entrevista nesta segunda (25) (Foto: Raquel Morais/G1)O secretário-adjunto de Saúde do Distrito Federal,
Elias Miziara, durante entrevista nesta segunda
(25) (Foto: Raquel Morais/G1)
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal investiga a suspeita de que um bebê de sete meses morreu com coqueluche nesta segunda-feira (25). De acordo com o adjunto da pasta, Elias Miziara, exames clínicos devem apontar se a criança, que não era vacinada, realmente contraiu a doença.
Tio do menino, Valdenor Lisboa disse que o menino não foi imunizado porque não havia doses disponíveis em Águas Lindas, onde ele morava. A gerente de Imunizações e Rede de Frio da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, Clécia di Lourdes Vecci Menezes, confirma a falta da vacina tetravalente, que também protege contra difteria, meningite e tétano e deve ser aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida.
“Houve um problema na produção de um dos componentes da vacina e houve falta do produto, ele é insuficiente desde fevereiro deste ano. Por isso, o Ministério da Saúde está antecipando a vacina pentavalente [que também protege contra hepatite B] de agosto para julho”, afirma.
O garoto foi atendido e liberado no dia 2 no Hospital Regional de Brazlândia e no dia 5 no Hospital Materno Infantil de Brasília, na Asa Sul, com quadro semelhante à gripe. Por apresentar piora, com tosse seca e lábios roxos, ele foi internado dia 18 em Brazlândia e transferido dois dias depois para a Asa Sul.
Segundo Miziara, os médicos chegaram a tratá-lo contra pneumonia e H1N1, mas não houve resposta. A suspeita de coqueluche veio dia 20, quando os médicos descobriram que ele não era vacinado. “O problema não foi a assistência aqui. É uma criança fragilizada em sua própria natureza. Coqueluche, quando dá em bebê, costuma ser letal.”
Também de acordo com o secretário-adjunto, o caso causou surpresa na secretaria. “É uma doença previsível, vacinável. Chamou atenção, até porque ela é praticamente erradicada aqui no DF”, afirmou.
Diretora da Vigilância Epidemiológica, Sônia Geraldes, disse que as principais características da doença bacteriana são tosse seca e arrastada e que ela costuma ser grave em crianças até um ano. Segundo ela, por ser facilmente confundida com outras doenças respiratórias, as infecções são subnotificadas. “Ano passado houve confirmação de um caso em um adulto.”
Vacina no DF
Valdenor Lisboa disse que a mãe da criança procurou a rede pública do DF para imunizá-lo. “Disseram que não seria possível porque as doses de cada região são repassadas de acordo com a população do local”, conta.
O secretário-adjunto disse desconhecer a situação. Segundo ele, a vacinação é uma medida nacional e deve ser realizada sempre que solicitado. Miziara afirmou que não faltam doses da vacina na capital do país.

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