MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 25 de junho de 2012

GDF apura suposta recusa de médico em atender pacientes


Duas queixas foram registradas na polícia do Guará no sábado.
Casos teriam sido motivados por implantação do ponto eletrônico.

Do G1 DF

Secretaria de Saúde do Distrito Federal abriu sindicância nesta segunda-feira para apurar suposta recusa de médicos em atender pacientes no Hospital do Guará no último sábado (23). Duas pessoas registraram boletim de ocorrência reclamando da falta de atendimento.
A recusa teria se dado em retaliação à implantação do ponto eletrônico na unidade de saúde, que deve começar a funcionar em fase de testes no final do mês.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho, o problema foi outro. "Era para estar escalado três colegas, mas só tinha um médico de plantão. Quando os pacientes chegaram, ele estava auxiliando um cirurgião em um caso grave. Isso reflete o caos e a forma como os médicos estão trabalhando pressionados."
A secretaria negou que faltassem médicos no sábado. De acordo com a pasta, havia sete clínicos, dois ginecologistas e sete pediatras escalados.

A implantação do ponto eletrônico é uma medida adotada pelo GDF para melhorar o controle sobre o horário de trabalho dos servidores. Auditoria realizada pela Secretaria de Transparência em 2010 apontou uma série de abusos na anotação de horas extras por parte dos médicos.
No relatório, há indicação de profissionais que acumularam mais de R$ 20 mil em um mês só com horas adicionais, além do salário regular. Muitos profissionais, de acordo com os dados levantados, fizeram mais horas extras do que o limite legal, que é de 44 horas por mês.
Em agosto de 2010, dos 2.592 servidores que fizeram horas extras, 857 trabalharam acima do determinado pela lei, totalizando um valor de R$ 1,7 milhão sem amparo legal, de acordo com o relatório.
Com esse montante, seria possível contratar 217 médicos com carga horária semanal de 40 horas ou 432 médicos com carga horária de 20 horas, diz o documento.
A auditoria feita pela secretaria encontrou ainda médicos com carga de trabalho de 60 horas (máximo permitido por lei, quando os servidores têm dois trabalhos, um de 40 horas e outro de 20 horas) realizando horas extras e somando até 410 horas de jornada em um único mês.
Outros médicos teriam atestado ter trabalhado mais de 30 horas seguidas o que, segundo a auditoria da Secretaria de Transparência, possibilita danos físicos e mentais ao próprio servidor e pode prejudicar a qualidade dos serviços prestados à comunidade.
O levantamento também identificou a anotação de hora extra em dia em que o servidor faltou ao serviço e indicação de hora extra em horário simultâneo ao da escala normal de trabalho.

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