MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Argentina suspende por 3 anos acordo automotivo com o México


Governo argentino reclama de mudanças combinadas entre Brasil e México.
Em março, os dois governos passaram a adotar cotas de exportação.

Do G1, com agências internacionais

O governo da Argentina anunciou nesta terça-feira (26) que deixará de cumprir por 3 anos o acordo de livre comércio de veículos com o México. A decisão, conforme diz o decreto da presidente Cristina Kirchner, foi motivada pela reformulação de regras liderada pelo Brasil em março passado.
Desde então, as exportações de carros entre os dois países passaram a respeitar uma cota determinada, para que se reduzisse a diferença na balança comercial, já que os mexicanos estavam vendendo muito mais carros para o Brasil do que o contrário. Porém, a Argentina reclama que a mudança de regras prejudicou os demais países do Mercosul e que o acordo de livre comércio não envolve apenas o Brasil, mas foi assinado por todos os países do bloco em 2002.
A Argentina reconhece que era previsto que dois países pudessem alterar o acordo, mas ressalta que eles "devem comunicar as modificações e alterações às demais partes signatárias".
Segundo o decreto, "houve uma violação dos procedimentos descritos, sendo que a Argentina se viu privada de fazer objeções, o que era um direito seu".
As novas regras combinadas entre Brasil e México, que incluem ainda a determinação de um índice de nacionalização de peças dos veículos exportados, deverão durar 3 anos, exatamente o tempo de suspensão do acordo por parte da argentina.
Reação mexicana
A reação argentina já era esperada pelo governo mexicano. Na véspera, o secretário de Economia, Bruno Ferrari, disse em entrevista coletiva que o acordo poderia ser desfeito por parte do país sul-americano. E, segundo ele, o México se prepara para denunciar a Argentina perante a Organização Mundial de Comércio (OMC).
"A falta de competitividade da economia Argentina se traduz por pouca seriedade no cumprimento de seus compromissos comerciais e, ao mesmo tempo, por um incremento na aplicação de medidas restritivas ao comércio", criticou Ferrari.
Segundo o secretário, em maio passado a Argentina manifestou a necessidade de incrementar suas exportações e o México propôs aprofundar o intercâmbio comercial, incluindo outros setores, mas Buenos Aires "negou a proposta do México e insistiu em um incremento rápido de suas exportações" de veículos.
Conforme números divulgados pela agência France Presse, o México exportou para a Argentina em 2011 o total de US$ 1 bilhão em veículos, contra 305 milhões importados do país sul-americano. No mesmo período, a Argentina vendeu ao México o total de US$ 9,693 bilhões, contra US$ 11,5 bilhões de exportações mexicanas

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