Grupo aceitou também que Brasil forneça logística para a libertação.
Forças são maior e mais antigo grupo guerrilheiro do país.
"Queremos comunicar nossa decisão de somar à anunciada libertação dos seis prisioneiros de guerra a dos quatro restantes em nosso poder", indicou o comunicado, assinado pelo Secretariado (comando central) das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
O maior e mais antigo grupo guerrilheiro do país, com mais de 47 anos de existência e cerca de 9.000 combatentes, anunciou também que não sequestrará mais civis como forma de financiar economicamente suas atividades. "Muito se falou a respeito dos sequestros de pessoas, homens ou mulheres civis, que com fins financeiros nós das Farc efetuamos para apoiar nossa luta. (...) Anunciamos também a partir desta data o fim da prática deles em nossa atuação revolucionária", ressaltou o documento. "É hora de começar a esclarecer quem e com que propósitos sequestram hoje na Colômbia", acrescentou.
No comunicado, as Farc aceitaram também que o governo brasileiro forneça a logística para a libertação dos dez reféns, como já ocorreu em ocasiões anteriores.
Policiais colombianos seguram imagens de colegas sequestrados pelas Farc em protesto no dia 23 de fevereiro, em Bogotá (Foto: Fernando Vergara)No entanto, essa libertação foi adiada inicialmente porque, segundo as Farc, a área onde seria realizada estava cercada por militares. Além disso, ressaltaram que estavam à espera de que o governo aceitasse a participação de um país que fornecesse a logística necessária.
Há duas semanas o presidente Juan Manuel Santos anunciou que o Brasil havia sido autorizado a colaborar na libertação dos membros da força pública, cinco policiais e um militar. No dia 16 de fevereiro, o governo brasileiro anunciou que aceitava colaborar com a libertação.
Insuficiente
Juan Manuel Santos avaliou neste domingo como positivo o anúncio da guerrilha, mas advertiu que não é suficiente, segundo uma mensagem em sua conta do Twitter. "Consideramos o anúncio das Farc de renunciar ao sequestro como um passo importante e necessário, mas não é suficiente na direção correta", ressalta a mensagem presidencial.
Santos manifestou sua alegria pelos reféns e por suas famílias, e garantiu que o governo dará as garantias necessárias para a libertação "sem circo midiático". "Estamos muito felizes por eles e pelos 10 sequestrados que vão libertar e por suas famílias. O governo dará garantias sem circo midiático", indicou no Twitter.
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