Marido diz que mulher em trabalho de parto teve de esperar por atendimento.
Caso será investigado pela Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia.
O pai da criança que morreu, Valdeci Francisco Pereira, registrou queixa na 2ª Delegacia Distrital de Aparecida de Goiânia, alegando que houve falta de atendimento. Ele contou que a mulher está muito abalada com a morte da filha. “Ela está clamando até agora pela filha dela lá... Cadê, cadê que ele tirou o nenê”, desespera-se.
Segundo a família, a mãe da criança, que fez o pré-natal na unidade, vinha sentindo contrações há duas semanas. Nenhum médico chegou a indicar que o parto fosse feito.
“Ela já estava com dois centímetros de dilatação. Então provavelmente já estava perdendo líquido [amniótico] e os plantonistas não quiseram atendê-la”, denuncia a tia da criança, a autônoma Devanilda Pereira.
A última vez que a mãe do bebê esteve no hospital foi na manhã de segunda-feira (27), mas o médico pediu que ela voltasse depois do almoço. “Quando retornamos, eles foram fazer o exame de ultrassom e viram que não tinha mais como [salvar a criança], pois o bebê já estava praticamente morto. Por que não tinha líquido. Realmente já havia passado data de nascer”, relata Devanilda.
A diretora-geral da Maternidade Marlene Teixeira, Jéssica Paula Arantes do Nascimento, disse que vai pedir à Secretaria Municipal de Aparecida de Goiânia, que abra uma sindicância para avaliar como foi o atendimento do médico que fazia o pré-natal da mulher que perdeu o bebê.
Preocupação
Outras mulheres grávidas reclamaram do atendimento que recebem na Maternidade Marlene Teixeira. Elas contam que estão no prazo limite para terem os bebês, estão perdendo líquido amniótico e são mandadas para casa. A preocupação de todas é de que os fetos não resistam à longa espera.
A jovem Anny Cherry Santos voltou pela segunda vez para a maternidade, sentindo dores. Na opinião de Evanete Maria Dias, a sogra de Anny, o parto já deveria ter sido feito. “Desde quinta-feira, que ela estava sentindo dor e só tinha dois centímetros de dilatação. Eles já tinham que ter tomado alguma providência”, afirma. Evanete teme que passe da hora e aconteça algo ao bebê e até mesmo com a mãe da criança.
De acordo com a direção da maternidade, Anny Cherry foi atendida e o bebê nasceu por volta das 22h. A mãe está internada e o estado de saúde dela é regular.
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