MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 4 de dezembro de 2011

Resgates após 11 de setembro causaram asma em socorristas

 

Poeira tóxica dos escombros afetou pessoa que ajudaram na tragédia.
Saúde dos ajudantes foi comparada com as médias da doença nos EUA.

Do G1, em São Paulo
Os casos de asma dobraram entre os socorristas que participaram nos resgates após o desastre das Torres Gêmeas em Nova York, em 9 de setembro de 2001, na comparação com a média do resto da população do país. Os dados foram divulgados na revista "American Journal of Industrial Medicine".
A exposição à poeira tóxica resultante dos escombros dos dois prédios do World Trade Center (WTC) é a razão apontada pelos especialistas para justificar a maior incidência da doença respiratória entre os que ajudaram durante a tragédia.
Foram analisados os resultados de testes feitos entre julho de 2002 e dezembro de 2007 em 20.834 socorristas atendidos pelo Programa de Tratamento e Monitoramento Médico do WTC. Os números foram comparados com as informações dos levantamentos nacionais de saúde realizados pelo governo norte-americano em 2000 e de 2002 até 2007. Esses documentos reúnem informações de mais de 200 mil habitantes norte-americanos.
Quase 86% dos socorristas eram homens e trabalharam nos escombros das torres durante 80 dias. Do total de pessoas consultadas, 42% eram policiais ou agentes de proteção. O restante era composto por construtores civis, reparadores e outros profissionais vitais para a remoção dos escombros durante os resgates.
Estudos anteriores já haviam mostrado altas taxas de asma entre os socorristas do WTC. Mas a comparação com a média nacional nunca havia sido feita. Os autores do estudo chegam a classificar o caso como uma epidemia e destacam que esta população precisa continuar a ser monitorada e a receber tratamento.
De 2000 a 2005, os casos de asma estiveram estáveis na média nacional dos Estados Unidos, mas cresceram vertiginosamente entre os socorristas de 11 de setembro. Ao se lembrarem dos últimos 12 meses, 6,3% dos socorristas citaram ter sofrido ataques ou sintomas de asma contra apenas 3,7% da população norte-americana.
As taxas de asma anuais dobraram entre os socorristas entre 2002 e 2005. O aumento é de 40 vezes se for considerado os níveis observados em 2000, um ano antes da queda das torres.

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