Alteração na qualidade da água interfere na descarga elétrica de espécies.
Estudo realizado em Roraima é coordenado pelo ICMBio e pelo Inpa.
Projeto desenvolvido por pesquisadores brasileiros conta com a ajuda de peixes-elétricos (Gymnotiformes) para identificar possíveis alterações na qualidade da água dos rios amazônicos, tornando estas espécies em mais uma ferramenta de prevenção a alterações ambientais no bioma.
O motivo é que possíveis mudanças nos locais classificados como habitat destas espécies afetariam as descargas elétricas emitidas por eles.
O estudo, desenvolvido por especialistas do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), é realizado em duas unidades de conservação federais de Roraima, localizadas na bacia do Rio Branco.
“Em Roraima existem dois processos importantes que impactam a qualidade da água. Um deles é o cultivo de arroz e o outro é o cultivo de peixes, como o tambaqui, em cativeiro. Isso acarretaria em modificações nas águas e resultam em assoreamento dos rios (elevação dos níveis de terra no fundo das bacias hidrográficas devido à erosão)”, diz.
“Os peixes-elétricos utilizam as correntes elétricas (de cerca de 1 volt) para localização, comunicação e também para reprodução. Se a qualidade da água sofrer alteração, o comportamento deles também se altera”, complementa.
De acordo com o pesquisador, com a ajuda de um equipamento foram gravadas 191 descargas elétrica de aproximadamente dez diferentes espécies de peixes da ordem Gymnotiformes.
As correntes serão testadas e comparadas com as de outros peixes que vivem na região do Rio Negro, foco de pesquisa do Inpa.
A partir dos resultados, serão realizadas outras duas excursões de pesquisadores às unidades de conservação de Roraima e, possivelmente, a criação de um grupo que vai debater a forma de manejo para essas áreas.
Possível descoberta
Durante a primeira busca por indicadores dos peixes-elétricos, verificou-se a existência de espécies endêmicas (que só existem naquele local) e novas análises podem indicar a possível descoberta de duas novas espécies.
O processo de identificação deve levar até três anos. “Podem ser duas novas espécies, mas é apenas uma possibilidade. Estamos estudando ainda”, afirma o analista do ICMBio.
O estudo, desenvolvido por especialistas do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), é realizado em duas unidades de conservação federais de Roraima, localizadas na bacia do Rio Branco.
Na imagem, três diferentes espécies de peixe-elétrico que vivem na bacia do Rio Branco, em Roraima. (Foto: Divulgação)
De acordo com Romério Briglia Ferreira, analista ambiental e autor do projeto, em conjunto com o pesquisador José Alves Gomes, do Inpa, é a primeira vez que especialistas em ambiente aquático estiveram na região, compreendida pelo Parque Nacional Serra da Mocidade e pela Estação Ecológica de Niquiá. Eles aproveitaram ainda para coletar informações sobre os tipos de peixes existentes nos rios da região.“Em Roraima existem dois processos importantes que impactam a qualidade da água. Um deles é o cultivo de arroz e o outro é o cultivo de peixes, como o tambaqui, em cativeiro. Isso acarretaria em modificações nas águas e resultam em assoreamento dos rios (elevação dos níveis de terra no fundo das bacias hidrográficas devido à erosão)”, diz.
“Os peixes-elétricos utilizam as correntes elétricas (de cerca de 1 volt) para localização, comunicação e também para reprodução. Se a qualidade da água sofrer alteração, o comportamento deles também se altera”, complementa.
Vista do Parque Nacional Serra da Mocidade,
uma das unidades de conservação que é foco
da pesquisa em Roraima (Foto: Divulgação)
Levantamentouma das unidades de conservação que é foco
da pesquisa em Roraima (Foto: Divulgação)
De acordo com o pesquisador, com a ajuda de um equipamento foram gravadas 191 descargas elétrica de aproximadamente dez diferentes espécies de peixes da ordem Gymnotiformes.
As correntes serão testadas e comparadas com as de outros peixes que vivem na região do Rio Negro, foco de pesquisa do Inpa.
A partir dos resultados, serão realizadas outras duas excursões de pesquisadores às unidades de conservação de Roraima e, possivelmente, a criação de um grupo que vai debater a forma de manejo para essas áreas.
Possível descoberta
Durante a primeira busca por indicadores dos peixes-elétricos, verificou-se a existência de espécies endêmicas (que só existem naquele local) e novas análises podem indicar a possível descoberta de duas novas espécies.
O processo de identificação deve levar até três anos. “Podem ser duas novas espécies, mas é apenas uma possibilidade. Estamos estudando ainda”, afirma o analista do ICMBio.
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