MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

NA CURVA

DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo
O tom com que a presidente Dilma Rousseff rechaçou a interferência de partidos em seu governo na entrevista de balanço do ano dada na sexta-feira passada, não foi bem visto entre seus parceiros de aliança.

Dilma não disse nada demais quando se anunciou disposta a exigir "cada vez mais critérios de governança" para o preenchimento de cargos nem sinalizou concretamente mudança de rumo no funcionamento da coalizão ao afirmar que não permitirá a interferência de "nenhum partido político" em seu governo.
Os integrantes da aliança não se consideraram enquadrados, pois se escoram na distância existente entre o querer e o poder, o falar e o fazer. Portanto, a contrariedade não foi exatamente com as palavras, mas com o modo e o objetivo com que foram ditas.
Excetuado o PT, os partidos aliados enxergaram na atitude de Dilma um jogo para a plateia. Respondeu a perguntas dizendo apenas o que se esperava que dissesse.
Tal seria se resolvesse afirmar o contrário. Fosse Lula, até diria algo parecido em defesa de seu direito de fazer e acontecer, mas Dilma não pode tanto quanto o antecessor e, além do mais, faz publicamente outro tipo.
Até aí, zero problema. A questão dos aliados é o tom de menosprezo, é a ideia de que a presidente posa de Tiradentes com o pescoço alheio. Marca uma boa imagem acentuando a má receptividade dos políticos, construída, diga-se, pelas próprias mãos de suas excelências.

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