Agência Estado
A bancada peemedebista começou o ano com 21 titulares e acabou reduzida a 17, dos quais oito questionam a liderança de Renan. Um dos expoentes do grupo, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), defende que haja nova eleição de líder no ano que vem, enquanto Renan espera continuar no cargo por mais um ano a fim de se cacifar para a sucessão presidencial na Casa em 2013.
É nesse cenário que Jader fará diferença. Homem forte do PMDB - foi presidente da legenda, presidente do Senado e líder da bancada - Jader não vai disputar espaço com Renan nem com Sarney num primeiro momento. O papel de Jader será outro: político experiente e hábil articulador, ele está pronto para defender o projeto de poder de Sarney e Renan, que empunharam armas para apressar o desfecho de seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). "Entro no fim da fila, como um recruta, venho colaborar", declarou em coletiva após a sua posse.
Até então, Renan havia perdido dois aliados - Wilson Santiago (PMDB-PB) e Gilvam Borges (PMDB-AP) - por determinação do Supremo, que mandou dar posse a eleitos barrados pela Lei da Ficha Limpa: Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e João Capiberibe (PSB-AP). Jader Barbalho reivindicava a mesma prerrogativa, mas a cúpula do PMDB teve de entrar em campo para apressar o julgamento do aliado no Supremo. O salvo-conduto para a posse de Jader saiu há três semanas, após pressão ostensiva da cúpula do PMDB.
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