MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Dinheiro para metrô depende da Câmara

 

Rita Conrado - a tarde
Da votação nesta quarta, 28, pela Câmara de Salvador, do projeto de mobilidade urbana depende a garantia dos recursos federais da ordem de R$ 1,6 bilhão para a implantação do metrô da Paralela. Nesta terça,27, em mais uma tentativa frustrada, as bancadas governista e de oposição adiaram a possibilidade de acordo para votar os projetos encaminhados este mês pelo Executivo, como a Lei de Ordenamento do Uso do Solo (Lous), de Áreas de Proteção Cultural e Paisagística (APCP) e o de anuência do município ao projeto mobilidade urbana, esses dois últimos de interesse do governo estadual para os preparativos do mundial de futebol, em 2014. O projeto do PDDU da Copa continua sub-júdice. Caso a votação não aconteça, a liberação dos recursos anunciados pela presidente Dilma Rousseff (PT) para o metrô da Paralela será suspensa.
“A nossa expectativa é, pelo menos, votar o modal da Paralela amanhã (quarta)”, assinalou o líder da bancada governista, Téo Senna (PTC), que pretende reunir, às 13 horas, o Colégio de Líderes para definir o cronograma de votação das matérias pendentes. “A oposição tem dificultado a negociação”, afirmou Senna, referindo-se ao movimento registrado na semana passada, quando a bancada governista se retirou do plenário após votar a Lei Orçamentária Anual (LOA) e garantir o direito ao recesso. “Havia um acordo de não haver obstruções que a oposição não cumpriu. Por isso a bancada derrubou o quórum”, disse o líder governista.
Desde então, as tentativas de acordo têm sido infrutíferas. A líder da oposição, Vânia Galvão (PT), afirmou que a bancada oposicionista ainda não definiu uma posição em relação à votação dos projetos. “Estamos em processo de discussão. Mas hoje esperamos votar o projeto de mobilidade urbana, já que existe um prazo que se expira no dia 31”, afirmou. A líder do PCdoB, Aladilce Souza, criticou a estratégia do Executivo municipal, de encaminhar projetos importantes às vésperas do recesso do Poder Legislativo.
“A bancada da oposição é minoria e não temos condições de reverter a ação dos governistas, que se aproveitam da necessidade de votar o projeto de mobilidade urbana para manter na pauta matérias complexas como a Lous e a APCP, de sérios impactos para a cidade. Projetos como esses não podem ser votados sem um grande debate”, observou. “A tendência da oposição é votar contra, mas o governo não quer assumir sozinho as consequências da aprovação desses projetos. Por isso insiste num acordo”, afirmou Aladilce, explicando o impasse existente na casa legislativa e prevendo para esta quarta forte pressão da base governista. “O governo também não quer assumir o ônus de comprometer o calendário da Copa do Mundo, se não votar o projeto de mobilidade urbana”, avaliou a vereadora.
Sem culpa - Para o presidente da Casa, Pedro Godinho (PMDB), a expectativa é que os projetos sejam votados, mas, se isso não acontecer, não aceita que a Câmara seja responsabilizada por eventuais atrasos no calendário da Copa. “Se os projetos chegaram em dezembro, não se deve exigir tanta urgência”, observou. “O propósito é votar e há um grande esforço nesse sentido”, assinalou, ressaltando que apenas os mais importantes entrarão na pauta, como a Lous, APCP, mobilidade urbana e de mudança do caráter deliberativo para consultivo do Conselho das Cidades. “Espero que as bancadas se entendam”, disse.  

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