MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Clima irregular e preços em queda preocupam produtores de MT

 

Conforme dados da Conab, o estado é o maior produtor de grãos do país.
Produtividade pode ser baixa devido a instabilidade do clima.

Vivian Lessa Do G1 MT
Plantio de soja em Mato Grosso está acelerado (Foto: Leandro J. Nascimento)Produtores temem queda no preço dos produtos.
(Foto: Leandro J. Nascimento)
A irregularidade do clima e a tendência para a queda no preço das commodities são as principais preocupações dos produtores de Mato Grosso para a comercialização da safra 2011/2012. O estado lidera a produção nacional de grãos com 31,3 milhões de toneladas após contabilizar um acréscimo de 1,2% na comparação com a temporada passada, quando eram 30,9 milhões de toneladas de grãos, mas isso não é um motivo de comemoração para o setor. Os dados são do 3º Levantamento da Safra Brasileira de Grãos divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (8).
Os produtores avaliaram que os bons preços e o clima favorável registrados no momento do plantio da soja podem não ser os mesmos na hora da colheita. Os primeiros sinais já são observados com a queda na produtividade, de 3,2 mil quilos por hectares para 3,1 mil kl/ha nesta safra, mesmo considerando um aumento na área plantada de 2,8%, de 9,6 milhões de hectares para 9,9 milhões de hectares, de acordo com a pesquisa.
O diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro, explicou que os preços já mostram tendência de queda, principalmente no milho, cuja produção deve aumentar 2,5%, de 7,6 milhões de toneladas para 7,8 milhões de toneladas. Ele lembrou que no ano passado a falta de chuva reduziu em aproximadamente 300 mil toneladas a produção de milho.
Fávaro acrescentou ainda que o aumento no preço do milho no momento do plantio fez com que muitos produtores descartassem a semeadura do algodão. Os dados da Conab confirmam uma tendência de queda na produção de 2,5%, de 2,5 milhões de toneladas para 2,4 milhões de toneladas. Mesmo assim, o estado de Mato Grosso se mantém como maior produtor nacional da pluma.
Sem esquecer da soja, cuja a produção mato-grossense é a maior do país, a previsão é de aumento de 2,8%, elevando de 20,4 milhões de toneladas para 20,9 milhões de toneladas. Assim como a área plantada que passará de 6,3 milhões de hectares para 6,7 milhões de hectares, um aumento de 5,8%, ao contrário da produtividade que deve ter queda de 2,8%, de 3.190 kl/ha para 3.100 kl/ha. “Aumentamos a área plantada por meio de terras degradas ou que tinha baixa produção. Não significa que tenhamos que aumentar a tecnologia aplicada no campo. O problema é a questão climática”, finaliza Fávaro.

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