Brasil retoma importação de carne bovina do Paraguai com restrições

 

País estabeleceu quatro requisitos para a importação da carne.
Compras estavam suspensas desde surgimento de foco de aftosa.

Do Valor OnLine

O Ministério da Agricultura informou nesta sexta-feira (2) que reabriu, com restrições, as importações de carne bovina maturada e desossada do Paraguai hoje. As compras estavam suspensas desde o surgimento de foco de febre aftosa no departamento paraguaio de São Pedro, em setembro.

Segundo nota do ministério, a entrada dos produtos no Brasil será permitida apenas por meio da localidade de Ponta Porã (MS). Será autorizada somente a compra de carne de unidades habilitadas à exportação para o Brasil, "acompanhadas de certificado sanitário internacional expedido pela autoridade competente que comprove o atendimento de quatro requisitos".
Entre as exigências está a de que a carne seja proveniente de bovinos que nasceram e foram criados no país de procedência. Além disso, os animais devem ser originários de áreas incluídas no programa nacional de controle da aftosa, em propriedades que não tenham registrado nenhum foco da doença nos 60 dias anteriores. Nenhum caso da enfermidade poderá ter ocorrido nas proximidades dessas fazendas, num raio de 25 quilômetros, nos 30 dias antecedentes, informou o ministério.

Podemos garantir que é um produto sem riscos"

Ênio Marques, secretário substituto de Defesa Agropecuária

Outro requisito é que todas as carcaças, antes da desossa, tenham sido submetidas à maturação sanitária (em temperatura superior a +2° C, durante um período de pelo menos 24 horas após o abate). A carga também deverá ter "sido lacrada pela autoridade competente no país de procedência".
Conforme o comunicado do ministério, as autoridades brasileiras decidiram pela reabertura com base nas conclusões da missão técnica que visitou o Paraguai para avaliar as ações para a erradicação do foco de aftosa.
"Podemos garantir que é um produto sem riscos. Estamos seguindo todas as recomendações internacionais que reconhecem a carne desossada e maturada como um produto seguro e que não transmite vírus", disse o secretário substituto de Defesa Agropecuária do Ministério, Ênio Marques, no comunicado.