Há leitos em outros setores, diz acompanhante de paciente da emergência.
Deputados se reuniram com direção do hospital, que não quis se pronunciar.
Acompanhantes de pacientes denunciaram a deputados que existem leitos vazios em outras alas do HGF. Um vídeo gravado por uma acompanhante de paciente mostra que há macas espalhadas pelo chão e nos corredores. “A superlotação e o risco de infecção hospitalar é muito grande. Eu cheguei com meu pai já faz cinco dias e o que a gente escuta é que não existem leitos disponíveis”, afirma um dos acompanhantes, que não quis se identificar.
O pai de um rapaz, que também não quis se identificar, faz radioterapia para curar um câncer, já teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e usa sondas. Apesar disso, o jovem conta que desde a segunda-feira (14) o pai vem sendo atendido por enfermeiros. “Eu fui reclamar porque o médico não foi vê-lo. Ela disse 'olhe só são quatro médicos. Só são quatro clínicos para atender a todo mundo. Não tem como ele vê-lo'", lamentou.
Emergência
Os pacientes que chegam precisam esperar por encaminhamentos na recepção em uma longa espera. Após 20 minutos, os primeiros procedimentos começam a ser feitos no paciente no corredor, como um reflexo da superlotação do HGF. Algumas imagens mostram pacientes sendo atendidos numa sala de emergência improvisada conhecida como “piscinão”.
Deputados
A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Ceará, deputada Eliane Novais (PSB), diz que é preciso, além de recursos, uma melhor gestão. “Uma gestão profissional para que juntamente com os recursos possa definir uma melhor condição para o HGF neste momento”, avaliou.
Para o deputado Heitor Férrer (PDT), muitos desses casos poderiam ter sido solucionados em atenção secundária à saúde. “Nós não temos uma perspectiva de que isso melhore a curto prazo porque o grande problema das emergências é que muitos desses quadros poderiam ter sido solucionados no hospital secundário”, pondera.
Já o deputado Capitão Wagner (PR) reclama que enquanto a emergência está lotada, há leitos vazios que poderiam ser ocupados por pacientes. “A direção alega que falta verba para alguns procedimentos cirúrgicos e estão priorizando outros setores”, disse.
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