MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mais de 260 mil sofrem com diabetes, no ES, diz Sociedade Endocrinológica

 

O diabetes é uma doença de evolução silenciosa.
Enfermidade gerou 2.539 internações em 2010.

Do G1 ES
Mais de 260 mil capixabas sofrem com o diabetes de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, no Brasil são cerca de 10 milhões de pessoas que tem o problema. Para chamar a atenção da população em todo o mundo para a importância da detecção precoce e para os cuidados com a saúde do diabético, será lembrado no próximo dia 14 de novembro o Dia Mundial do Diabetes. Visando dar maior visibilidade para a data, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Espírito Santo (SBEM-ES) realizam uma mobilização durante toda a semana.
De acordo com o levantamento da Sesa a enfermidade gerou no Espírito Santo 1.814 internações em 2008; 2.336 em 2009; 2.539 em 2010 e 1.581 de janeiro a agosto de 2011. Nos últimos seis anos, o número de óbitos passou de 797, em 2005, para 941 em 2010.
O diabetes é uma doença de evolução silenciosa, mas que, se não for tratada, leva a inúmeras complicações. Apesar de sua gravidade, o diabetes pode ser prevenido com hábitos saudáveis de vida. No entanto, um crescimento alarmante de novos casos, 500 por dia no Brasil vem sendo registrado.
A cor azul, definida mundialmente para representar a data, já pode ser vista na fachada da sede administrativa da Sesa. Monumentos famosos e prédios de vários países no mundo também se “vestirão” de azul. Segundo dados da Federação Internacional do Diabetes, mais de 300 milhões de pessoas já sofrem da doença no mundo.
No Brasil cerca de 10 milhões de pessoas tem diabetes (Foto: Divulgação/Sociedade Brasileira de Diabetes)No Brasil cerca de 10 milhões de pessoas tem diabetes (Foto: Divulgação/Sociedade Brasileira de Diabetes)
O presidente da SBEM-ES, Albermar Harrigan, alerta que o aumento da prevalência da doença se deve pela má qualidade de vida da população, causada, sobretudo, pelo sedentarismo, obesidade e tabagismo. “A maioria das pessoas que têm a doença não sente nada, já que a sua evolução é silenciosa”, explica Albermar. Para se detectar a enfermidade, a recomendação dos profissionais da saúde é que os indivíduos com mais de 40 anos de idade ou mais jovens, e com fatores de risco, façam o rastreamento.
Para isso, são utilizados dois métodos. Um deles é a glicemia capilar (gota de sangue retirada da ponta do dedo), um exame mais simples, de fácil execução e baixo custo, que pode ser usado como preliminar, pois já indica a presença da doença. O diagnóstico preciso, no entanto, é confirmado por meio do exame de glicemia sérica (sangue). Ambos os testes são ofertados nas unidades básicas de saúde dos municípios.
Complicações
Se não for cuidada, a doença pode provocar complicações micro e macrovasculares para o organismo, podendo causar cegueira, insuficiência renal e até mesmo necessidade de diálise (nefropatia diabética), perda da sensibilidade, principalmente dos membros inferiores (neuropatia diabética) e, o mais grave, problemas cardiovasculares, como infarto, derrame e trombose - que atualmente é considerada a principal causa de mortalidade em pessoas diabéticas.
Mais de 260 mil capixabas sofrem com o diabetes  (Foto: Divulgação/Sesa)Mais de 260 mil capixabas sofrem com o diabetes
(Foto: Divulgação/Sesa)
Tratamento
O tratamento do diabetes tipo dois é feito com medicamentos orais e, quando necessário, combinado com insulina. Além disso, é fundamental a mudança no estilo de vida, que inclui prática de exercícios físicos regularmente e dieta balanceada.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo aproximadamente 80% dos casos de diabetes são resolvidos na atenção básica, que também disponibiliza medicamentos para o seu tratamento, como a insulina e os comprimidos hipoglicemiantes. Hoje, a maioria das unidades municipais de saúde já conta com aparelhos de monitorização glicêmica (glicosímetros) para o autocontrole da doença, o que é fundamental no tratamento.
Tipos
O Diabetes Mellitus, popularmente conhecida como diabetes, é uma doença metabólica caracterizada por altos índices de glicose no sangue devido a uma disfunção na secreção da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por controlar a quantidade de glicose no nosso sangue.
Quando a insulina é incapaz de desempenhar esse controle, estabelece-se um quadro de hiperglicemia crônica (excesso de açúcar no sangue), que pode resultar em diversos problemas para a saúde.
O diabetes tipo um costuma se manifestar na infância e adolescência então pode ser prevenido. Ele surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena). Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável.
Já o tipo dois é mais frequente em adultos e se manifesta principalmente em pessoas na faixa etária em torno de 40 anos e com antecedente familiar. Fatores de risco como o sobrepeso e obesidade, a falta da prática de exercício físico (sedentarismo) e a alimentação inadequada podem contribuir para o seu aparecimento. Com o crescimento da obesidade infantil, cada vez mais crianças têm sido diagnosticadas com a doença.
Sintomas do diabetes:
- sede intensa
- vontade frequente de urinar
- fome inexplicável
- cansaço
- tonturas
- perda de peso repentina
- dificuldade de cicatrização de ferimentos
- pele seca
- sensação de formigamento nas mãos e nos pés
- visão embaçada
- infecções frequentes
- falta de concentração e de interesse em atividades rotineiras
- vômito e dores de estomago (frequentemente confundidas com gripe)

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