Aliança kirchnerista também venceu em 8 dos 9 estados em que disputou.
G1 relata de Buenos Aires a vitória e os desafios do novo governo.
Apuradas 98,2% das urnas, Cristina obteve 53,9%, com 36 pontos percentuais de diferença em relação ao segundo colocado, o socialista Hermes Binner. Foi a maior vitória de um presidente argentino desde a redemocratização do país, em 1983, quando Raúl Alfonsin foi eleito com 51% dos votos.
Os números superam ainda o êxito da própria presidente nas eleições primárias em 14 de agosto, vencidas com 50,4% dos votos.
Além da vitória presidencial, o kirchnerismo foi o grande vencedor do pleito na Argentina e reconquistou a maioria na Câmara e no Senado argentinos, o que vai facilitar a aprovação de projetos importantes para o governo, além de ter vencido em 8 das 9 províncias (equivalente a estados) que tiveram eleição.
Nos discursos que fez logo após anunciada a vitória, Cristina Kirchner, como tem feito durante toda a campanha, lembrou do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, morto há um ano, e pediu um governo de união."Sinto hoje a imensa responsabilidade de conduzir nosso país a que viva uma história diferente da dos últimos 200 anos. Quero apelar à vocação patriótica de todos os argentinos. Um país não se constrói apenas com dirigentes, mas com seu povo", disse.
Desafios
Mas apesar do amplo apoio popular, a economia é um desafio para a presidente no segundo mandato. Apoiada pelo forte crescimento do país nos últimos anos, o governo precisa conter os gastos públicos, potencializados por políticas para criar empregos, o aumento para aposentados e pensionistas em setembro e os programas sociais, um dos pilares do mandato.
Já a inflação, que o Indec (equivalente ao IBGE argentino) afirma ser de 10%, pode chegar a 25% ao ano, segundo analistas independentes
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