MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Pequenas empresas lucram oferecendo serviços para as grandes

 

Empresário de MG presta serviço para gigante do cimento.
No ES, Sebrae capacita fornecedores para empresas de óleo e gás.

Do PEGN TV
Pequenas empresas de todo país se organizam para fechar contratos com gigantes do mercado: um bom acordo comercial pode garantir o faturamento de meses para um pequeno fornecedor.
Um projeto do Sebrae capacitou 15 pequenas empresas que viraram fornecedoras de equipamentos e serviços para uma das maiores indústrias de cimento do mundo, presente em 70 países, e que tem uma de suas fábricas na região metropolitana de Belo Horizonte.
Para pequenos empreendedores, fazer negócios com um gigante como este pode parecer um sonho. Mas não para Dilson Ribeiro Aguiar, que trabalhou na multinacional por 28 anos. Hoje, ele também é um empresário: é dono de uma oficina mecânica que conserta as máquinas do antigo patrão.
“Passar de funcionário a empregador foi um susto. Mas, o primeiro passo que eu fiz foi procurar o Sebrae. E através do Sebrae, da sua ajuda, pode nos dar as informações para que nós pudéssemos continuar a consolidar essa nossa empresa”, diz Aguiar.
No Brasil inteiro, o Sebrae tem projetos para organizar pequenos negócios que vendem bens e serviços para as grandes empresas.
“O principal objetivo do programa é capacitar técnica e gerencialmente as micro e pequenas empresas para que elas prestem serviços e ofereçam produtos de qualidade”, diz Pollyana Mara Gontijo, do Sebrae de Belo Horizonte.
No caso do empreendedor Dilson Ribeiro, a oficina mecânica conserta máquinas pesadas. São carregadeiras, perfuratrizes e caminhões fora-de-estrada. Todo mês, 40 máquinas da cimenteira visitam a oficina.
Com o projeto, o empresário descobriu um novo negócio: a locação de equipamentos para mineração e terraplanagem. O aluguel de oito veículos aumentou o faturamento em 30%. Assim, a dependência em relação à grande empresa foi reduzida. E este é um dos objetivos do projeto: negociar com o gigante, mas não depender apenas dele.
“60% das empresas reduziram o nível de dependência com a âncora. Todas aumentaram o faturamento. E foram gerados noventa postos de trabalho durante a implementação do programa”, diz Pollyana, do Sebrae.
Espírito Santo
No Espírito Santo, o Sebrae escolheu as indústrias de petróleo e gás para fazer negócios com os pequenos empresários. O projeto rede Petro capacitou mais de 90 empresas, que se tornaram fornecedoras de bens e serviços para a Petrobras e subsidiárias.
Um dos negócios atendidos pelo Sebrae fica em Aracruz, a 80 quilômetros de Vitória. É a empresa de Júlio Cesar Silva.
“Essa empresa é especializada na área de preparo e proteção anticorrosiva de estrutura e equipamentos metálicos”, diz o empresário.
“Cada vez mais a gente está estimulando desenvolvimento desse fornecedor, para que ele consiga ter melhor preço, melhor prazo, melhor qualidade no seu fornecimento”, explica Ana Carla Macabu, do Sebrae de Vitória.
As peças de máquinas que operam em navios, plataformas ou mesmo diretamente no mar chegam à empresa danificadas pela maresia. Olhando de perto, o destino delas seria o lixo. Mas um jateamento abrasivo feito com escória de cobre resolve o problema. Em poucos minutos, o equipamento parece novo. Depois, é só pintar e devolver ao cliente.
A indústria presta esse serviço para seis empresas da cadeia de petróleo e gás. Os negócios que nasceram dentro da rede já são responsáveis por 40% do faturamento. E a receita pode aumentar ainda mais com a captação de novos clientes: O Sebrae leva os empreendedores para feiras e eventos do setor.
Assim, pequenas e grandes empresas se entendem e realizam bons negócios no segmento de petróleo e gás.
“A gente busca essas empresas âncoras; por meio delas a gente tem a informação sobre a demanda de bens e serviços. E no mercado a gente busca as pequenas empresas que possam fornecer”, diz Ana Carla.

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