MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Pecuaristas discutem certificação de criação em campo nativo

 

Selo diferenciará a carne produzida em pasto nativo.
Expectativa é que a diferenciação agregue valor comercial ao produto.

Do Globo Rural
Os pecuaristas que criam gado em campo nativo estão reunidos, em Lavras do Sul, no Rio Grande do Sul, para discutir formas de ganhar mais com esse tipo de manejo. Uma das ideias é criar um selo de procedência.
O criador Gustavo Delabary aprendeu com o pai que o pasto nativo é o melhor alimento para o rebanho. “Eu aprendi dessa forma. A gente adota esse sistema de trabalho há cerca de 28 a 30 anos na propriedade”, diz.
A propriedade faz parte de uma rede entre produtores do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O projeto nasceu em 2007 com o objetivo de produzir carne de qualidade e ecologicamente correta. Para se adequar a propriedade precisa ter no mínimo 50% do pasto nativo. Nesse sistema o gado ganha peso sem a necessidade de complemento na alimentação. Dez fazendas de Lavras do Sul, no Rio Grande do Sul, já se adequaram ao método.
Já está em processo de criação o selo que irá diferenciar a carne produzida em pasto nativo. A expectativa dos produtores é que a diferenciação atraia o consumidor e agregue valor comercial ao produto.
“A qualidade do pasto proporcionará uma carne diferente e uma maciez diferente, o que atrairá mais o consumidor”, explica Francisco Abascal, presidente do Sindicato Rural de Lavras do Sul.
Para discutir a certificação e trocar experiências de criação de gado em campo nativo o grupo se reúne anualmente. O município de Lavras do Sul, lugar escolhido para a realização do encontro, tem 87% das pastagens de campo nativo.
“Estudos feitos pelo Ibama apontam o município como aquele que mais conservou essa riqueza, esse patrimônio natural, que é o campo nativo”, esclarece José Carlos Severo, presidente da Associação de Produtores de Carne do Pampa.
Os criadores querem implementar a certificação num prazo de dois anos.

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