MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Hospital Universitário de Manaus tem déficit de R$ 500 mil por mês

 

Falta de recursos é um dos gargalos do HospitalGetúlio Vargas.
Carência compromete a formação de novos profissionais da saúde.

Anderson Vasconcelos Do G1 AM
Hospital Universitário Getúlio Vargas (Foto: G1/G1)Hospital Universitário Getúlio Vargas (Foto: G1/G1)
A cada mês o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) amarga déficit de R$ 500 mil, de acordo com informações da direção da unidade. O valor é fruto da diferença entre as despesas mensais, orçadas em R$ 6 milhões, e a receita de R$ 4 milhões, proveniente do Ministério da Educação (MEC) e R$ 1,5 milhão, oriundo do pagamento da produção médica, via Sistema Único de Saúde (SUS).
A falta de recursos financeiros é um dos principais problemas da instituição, que, além de ser campo de formação para novos profissionais da área da saúde, oferece serviços e procedimentos médicos de alta complexidade à população amazonense.
Segundo o diretor do HUGV, professor Dr. Lourivaldo Rodrigues, o problema não é exclusivo do órgão suplementar da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e se arrasta há duas décadas. "Os Hospitais Universitários [HU's] do país estão em estado de penúria intensa há pelo menos vinte anos", disse o dirigente da instituição, ressaltando que há muito tempo os HU's não recebem recursos para compra de equipamentos.
A situação deve melhorar com a entrada de R$ 3,2 milhões, provenientes do Ministério da Saúde (MS), até o fim deste mês, segundo Rodrigues. O montante será usado para cobrir as despesas com custeio acumuladas nos primeiros seis meses de 2011. Nessa conta entram os gastos com alimentação dos pacientes e acompanhantes, serviços terceirizados, água, energia elétrica e, principalmente, pagamento da mão-de-obra contratada.
Esse, aliás, é outro problema enfrentado pelo HUGV. Dos 937 funcionários, 229 são contratados, cerca de 25% do total. O pagamento desses profissionais é feito com recursos da produção médica, o que implica na redução do valor que poderia ser usado no custeio da instituição. "Metade do que produzimos é usado para pagar esse profissionais", revela. Para o diretor do hospital, a alternativa seria a abertura de novas vagas, porém via concurso público.
Na avaliação de Rodrigues, a aprovação do Projeto de Lei (PL) 1749/2011, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), no Senado, pode contribuir para o agravamento do problema. "Esse PL foi uma grande surpresa para nós porque não condiz com a expectativa das Universidades Federais e nem com a dos diretores dos HU's. Nos posicionamos peremptoriamente contra esse Projeto", disse. A matéria já passou pela Câmara Federal.
Recentemente, o Conselho Universitário da Ufam (Consuni) divulgou moção de repúdio ao PL, por entender que a proposta de criação da Ebserch possibilita a privatização dos Hospitais Universitários, comprometendo a autonomia da instituição de ensino superior, além da qualidade do ensino, pesquisa e extensão praticados nos HU's.

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